Caros colegas, este Blog tem como objetivo servir de ferramenta para os participantes da Formação Continuada dos Professores de Educação Física atuantes na Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis, promovendo através de seu acesso a socialização de materiais e comunicação efetiva entre todos os professores.

Sejam bem-vindos !

terça-feira, 29 de junho de 2010

Relatório do dia 29/06/2010 - Formação Continuada dos professores da Rede Municipal de Educação de Florianópolis

     Começamos o encontro às 9h13min. Inelve apresentou as duas doutorandas convidadas pelo professor Alexandre, que estavam presentes no encontro, Carol e Josiana, ambas do PPGE/UFSC. Elas fizeram uma breve apresentação, e comentaram o motivo do convite do professor. Estavam ali para observar olhares diferentes sobre a obra de Vygotsky, já que o texto seria discutido neste encontro, e elas têm bastante interesse no assunto, pois o tema tem haver com as pesquisas delas no doutoramento.
André iniciou a discussão do texto falando sobre a imaginação das crianças, que é influenciada muitas vezes pela mídia. As crianças representam personagens infantis presentes em desenhos animados (Ben 10, Barbie etc.). Utilizam da memória para interpretar papéis, muitas vezes membros familiares, como pai, mãe, avó. Por meio dos desenhos, as crianças também usam a imaginação, fantasiando coisas e criando objetos, bichos.
     Foi feita uma diferenciação entre a memória e a imaginação. A primeira é algo já vivenciado; na imaginação a criança cria um mundo à parte. Carol colocou que a existe a imaginação reprodutora, que é a involuntária, e a imaginação criadora, quando o sujeito cria voluntariamente. Nos dois tipos de imaginação, o sujeito não possui controle total sobre esses processos. Toda atividade tem a ver com as bases de existência. A imaginação tem relação forte com a realidade, por exemplo, um cavalo que voa: o cavalo é real, e voar também é possível, não para um cavalo, mas para outros bichos. A criança faz uma relação imaginário-real. Quanto mais nova a criança, menor sua capacidade de imaginação, pois têm poucas experiências, conhece pouco. O adulto tem muito mais capacidade de imaginar do que as crianças.
Uma professora comentou que cada fase da criança é diferente. Com os mesmos objetos, crianças de faixa etária diferentes brincam de forma diferente, com brincadeiras distintas. Uma grande dúvida dos professores é o que o professor pode fazer, ou qual a função do professor, para auxiliar no desenvolvimento das crianças.
     Santa Helena relatou a experiência da sala criada pelas professoras da creche em que trabalha. Nela, as crianças deveriam entrar descalças e com os olhos vendados. Lá dentro experimentavam diversas sensações e experiências de toque, aguçando os sentidos e a imaginação. Pisavam em macarrão, esponja com água, passavam as mãos na parede com gel etc. Cada criança imaginava mil coisas para cada sensação passada.
O professor Alex chamou a atenção para o que diz o texto: “Para transformar a consciência é necessário transformar a realidade.” A realidade determinaria a consciência. Alex lembra Paulo Freire, seu método de alfabetização que usa a realidade de cada um como base na educação.
São importantes as contribuições de Vygotsky, que nos fazem pensar em qual o sentido das atividades que estamos trabalhando com as crianças. A atividade da criança é brincar; a atividade do adulto é o trabalho. É dispensável a mediação do adulto nas brincadeiras das crianças?
Voltando à questão da imaginação, muito presente no texto do Vygotsky, a imaginação não se restringe, não é sinônimo de memória. A imaginação consiste em combinar elementos da realidade, ou memória (das práticas vividas), para criar algo novo, que se “inaugura”. Imaginativamente, a criança pode fazer coisas que na realidade não poderia fazer, por exemplo dirigir um carro; na realidade ela não pode dirigir, mas na sua imaginação ela pode tudo, não há restrições.
     Devido a uma tarefa que tínhamos que cumprir a respeito do Termo de Compromisso do Estágio obrigatório, ausentamo-nos da reunião às 11:15h, com o consentimento do professor Alexandre.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Reunião 15 de Junho de 2010 - Diretrizes Curriculares da Educação Física na Educação Infantil

   A reunião contou com a presença das professoras Inelve, Adriana, Cida e Carmem, e com o professor Alex. Inelve iniciou a reunião contando um pouco de como se iniciou a Gerência de Formação da SME. Contou que no dia 03.03.10 marcou-se uma reunião com um pequeno grupo para pensar em criar as Diretrizes Curriculares da Educação Física na Educação Infantil. Então no primeiro dia de encontro do Grupo Independente ficou decidido que as Diretrizes deveriam contemplar os relatos de experiência (conteúdos, avaliação e organização do tempo), especificidade da Educação Física, Projeto Político Pedagógico e Questões de Legislação.
   Os professores ali presentes acharam que primeiro é necessário saber qual a posição do Grupo Independente para com as Diretrizes e que é importante a participação do professor Alexandre na construção dela. Sobre as possíveis fontes documentais que poderão servir como eixo norteador para a criação das Diretrizes, temos o caderno das Diretrizes Curriculares da Educação Física no Ensino Fundamental e na Educação Infantil da rede Municipal de Florianópolis, que traz um bom debate sobre a Educação Infantil. Os textos escritos por Débora Sayão também traz esse mesmo debate, fazendo encontrar a Educação Física com a Pedagogia da Infância. A Revista Motrivivência, em sua edição especial com textos de professores da rede , traz as questões que “incomodavam” os professores. Para os professores, as novas Diretrizes devem contemplar o que aparece de novidade na educação Física na Educação Infantil e deve servir como eixo norteador de nossa prática.
   Foi comentado durante a reunião que em 2009 o Grupo Independente criou um documento escrito falando sobre a trajetória do Grupo desde sua formação em 2004. Esse documento foi entregue para SME naquele mesmo ano, com o intuito de que o órgão continuasse oferecendo a Formação Continuada para os professores da rede Municipal de Florianópolis. Esse comentário foi somente para lembrar aos integrantes ali presentes que o Grupo tem condições de criar as Diretrizes.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Relatório do dia 08/06/2010 - Formação Continuada dos professores da Rede Municipal de Educação de Florianópolis

  Começamos o encontro às 9h30min com uma breve apresentação/introdução da história do Grupo Independente para Raumar Rodriguez Giménez, professor da Universidad de La Republica, Uruguai, que estava nos prestigiando com sua presença neste dia. Foi comentado que o grupo foi criando em 2004, ou seja, estará completando no mês que vem seis anos de existência. Discutimos também a diversidade dos professores que participaram e que participam do grupo, a constante mudança no ciclo de pessoas, a permanência incisiva de outras. Professor Alexandre fez um anúncio sobre o próximo encontro vinculado á prefeitura que será dia 22/06, que será dirigido pela professora Ana Cristina. E comentou sobre o encontro passado, que, no período vespertino, por causa de algum mal-entendido, contou apenas com cinco professores. Reforçou ainda que próximo dia haverá reunião em dois períodos.
  Feita a leitura do relato do encontro anterior, Inelve justificou por que sugerira o texto da Carmem e Francisco, para discussão no grupo, pois o trabalho deles já traz uma discussão sobre os principais documentos publicados sobre a Educação Física na Educação Infantil, na rede de Florianópolis, aproveitando assim o trabalho deles, para análise e criação das Diretrizes. Professor Alexandre colocou ao grupo sua participação nas reuniões na prefeitura que trataram da elaboração de três documentos neste ano, contendo as Diretrizes da Educação Infantil da Rede de Florianópolis. Um desses documentos já saiu, é um conjunto de textos que foram discutidos no ano de 2008, e contém também relatos de experiências. O segundo documento para as Diretrizes, está sendo organizado por Eloísa Rocha e sua equipe. O Professor comentou que o texto está pronto, só faltaria a impressão. O terceiro documento também constará de relatos de experiências de professores. A Educação Física não esta contemplada em nenhum destes documentos, porem deveria estar, pois é uma reivindicação do professor de da área que haja sua presença materializada nos documentos, pois também precisa de uma orientação de trabalho. Professor Alexandre colocou uma possibilidade ao grupo: A própria Educação Física elaborar um documento que seja paralelo às Diretrizes, que dialogue elas. Segundo Alexandre, é possível construir este documento, e disponibiliza-lo na internet, para que todos tenham acesso a ele. Uma das professoras presentes comentou que talvez devêssemos discutir mais sobre as Diretrizes nos encontros. E levantou uma questão: Será que a prefeitura irá permitir a veiculação deste possível documento na Rede? Alexandre colocou que será um documento em paralelo com as diretrizes, porém dialogando com elas. E deve ser feito em parceria com a SME. A tarefa de construí-lo é dos professores de Educação Física. Mas, também, pode-se utilizar as diretrizes já elaboradas, ignorando o que não é de interesse, e utilizar o que há de bom nas diretrizes para a Educação Física, pois, ao abarcar a formação dos professores de forma geral, também contempla, ainda que de forma não tão direta, os de Educação Física.
  Foi colocada a idéia de fazer um documento mais enxuto, e ir debatendo no grupo. Algumas sugestões para constar no documento são: O espaço da Educação Física, Tempo das aulas, A Educação Física no PPP da instituição, entre outros temas. Antes do intervalo foi feito um encaminhamento para a segunda parte do encontro, decidindo-se pela discussão do texto da Carmen e Francisco, aproveitando a presença da , autora do texto. Antes de iniciar a discussão, o professor Alex sugeriu que o professor Alexandre produzisse o texto sobre as diretrizes, pois esta mais à frente do processo, e o grupo pode colaborar. Sintetizando e finalizando o assunto, Professor Alexandre informou que é a Gerencia de Formação que coordena a elaboração do material e da formação; também comentou que a elaboração das Diretrizes está na pauta do grupo há tempo, lembrando que estamos atrasados. O grupo havia decidido no início do ano ler textos e apresentar sínteses e discussões para a elaboração das diretrizes, material que será trazido para o próximo encontro.
  Partindo para a discussão do texto, professora Carmem fez uma breve síntese do conteúdo de seu trabalho. O trabalho baseou-se em cinco textos, com base na dissertação de Déborah Sayão. O objetivo do estudo foi saber o que tem produzido da Educação Física na Educação Infantil, para a Rede de Florianópolis. A dissertação de Déborah sintetizou as propostas de Educação Física na Educação Infantil do município de Florianópolis. Embora estes textos não estejam na forma de Diretrizes, eles orientam o trabalho dos professores. No debate com o grupo, surgiram algumas propostas para compor as Diretrizes: Uma das principais dificuldades encontradas pelos professores de Educação Física é romper com o tempo linear das aulas, as atividades devem estipulá-lo, e não o relógio, mas como? Atualmente, nas creches, a rotina é que determina as atividades, estando a Educação Física envolvida nesta rotina.  Os servidores técnicos (merendeiras, faxineiras, motoristas) determinam, com seu trabalho, parte importante da rotina das crianças. Professora Carmen relatou uma ida à praia com uma turma, quando, por algum motivo, se atrasou para retornar á creche. A diretora lhe telefonou duas vezes, pois as merendeiras estavam aguardando as crianças para servir o jantar. No debate, foi comentado que se deve inseri-los nas reuniões pedagógicas, para colocá-los a par dos propósitos da instituição, dos trabalhos pedagógicos. É importante a comunicação entre professores e faxineiras e merendeiras. Ao final do encontro, Santa Helena sugeriu que na próxima terça, alguns professores se encontrem para agilizar as Diretrizes, partindo dos eixos temáticos, e para propor sugestões para o que colocar nas Diretrizes. Alguns professores se disponibilizaram á virem, e começar a organizar o documento. O próximo encontro será dia 29/06/10, com discussão do texto de Vygotsky, e debate do que terá sido elaborado em 15/06.