Caros colegas, este Blog tem como objetivo servir de ferramenta para os participantes da Formação Continuada dos Professores de Educação Física atuantes na Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis, promovendo através de seu acesso a socialização de materiais e comunicação efetiva entre todos os professores.

Sejam bem-vindos !

terça-feira, 29 de novembro de 2011

II Seminário Educação dos Corpos, Culturas, História

O Núcleo de Estudos e Pesquisa Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq), juntamente com os Programas de Pós-graduação em Educação e Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina, com apoio da FAPESC, convidam para o II SEMINÁRIO EDUCAÇÃO DOS CORPOS, CULTURAS, HISTÓRIA, que se realizará no Auditório do CDS e no Mini-auditório do CFH da UFSC entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro de 2011. O evento é aberto à comunidade e as inscrições são gratuitas.

PROGRAMAÇÃO E INSCRIÇÃO NO BLOG - http://nucleodeestudosepesquisas.blogspot.com/

Relatório do dia 22/11/2011 - Formação Continuada dos Professores da Rede Municipal de Educação de Florianópolis

No dia 22 de novembro de 2011, às 10h, teve início o Encontro do Grupo Independente (GI). Ele contou com a presença de quatro (5) professores, bem como de duas bolsistas do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq).
Nesse encontro estava em pauta a avaliação de 2011 e planejamento para 2012. Visando um melhor aproveitamento e participação nos encontros do GI, duas professoras deram a ideia de no próximo ano os encontros fossem realizados uma vez ao mês, ao invés de quinzenalmente como vinha ocorrendo, as professoras presentes apoiaram a idéia e assim ficou decidido. As datas dos encontros serão escolhidas de forma que se alternem às dos de Formação Continuada da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis
O Planejamento de 2012 foi pensado para os encontros do GI terem início no mês de março e ocorrerem na primeira terça-feira de cada mês, no entanto esta data fica sujeita à mudança conforme o calendário da Formação da Rede.
Para o próximo ano o grupo dividiu o tema de estudo segundo os semestres, desta forma foi decidido estudar no primeiro as Diretrizes Curriculares da Educação Infantil, buscando fazer uma relação entre os Núcleos de Ação Pedagógica e a Educação Física, procurando entender de que forma que eles contribuem para nossa prática e em que medida estão incluídos nela. Para isto serão convidados três (3) professores, cada um ficando responsável por um Núcleo. Após estes três primeiros meses serão realizados relatos de experiência fazendo um paralelo com os Núcleos estudados.
Para o segundo semestre foi decidido convidar dois (2) professores para nos ajudar a aprofundar os estudos sobre corpo, movimento e imaginação, e posteriormente sobre a contribuição da Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento para a Educação Física.
Ao final do ano será realizada uma avaliação sobre este novo modo de dividir os encontros, assim como sobre a mediação de professores convidados para eles.
As professoras almejam ainda produzir e publicar textos relacionados aos estudos e discussões feitas pelo grupo.
O cronograma para 2012 ficou organizado da seguinte forma:
- Dia 6 de março – Estudo sobre o Núcleo: Relações com a Natureza;
- Dia 3 de abril – Estudo sobre o Núcleo: Relações sociais e culturais;
- Dia 8 de maio – Estudo sobre o Núcleo: Linguagem;
- Dia 5 de junho – Relato de experiência da professora Geiza - Jogos de Construção;
- Dia 3 de julho - Relato de experiência da professora Verônica - Dança;
- Dia 7 de agosto – Relato de Experiência e oficina com a professora Adriana - Cirandas;
- Dia 4 de setembro – Estudo sobre corpo, movimento e imaginação (Profº. Mauricio confirmado)
- Dia 2 de outubro – Estudo sobre corpo, movimento e imaginação;
- Dia 6 de novembro – Estudo sobre as contribuições da Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento para a Educação Física;

domingo, 27 de novembro de 2011

PRÓXIMO ENCONTRO DIA 29.11.2011

Data: 29.11.2011


Horário: 09:00 - 12:00


Local: CEC (Eventos), na Rua Ferreria Lima 82 – Centro - Auditório


Pauta: Encontro com Valter Bracht

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

PRÓXIMO ENCONTRO DIA 22.11.2011

Data: 22.11.2011


Horário: 09:00 - 12:00


Local: CEC (Eventos), na Rua Ferreria Lima 82 – Centro


Pauta: Avaliação de 2011 e planejamento para 2012.

Relatório do dia 08/11/2011 - Formação da Rede Municipal de Educação de Florianópolis

No dia 08 de novembro de 2011, às 08h e 30min, teve início o Encontro de Formação Continuada da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. Contou com a presença de 17 professores, bem como de duas bolsistas do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq).
O encontro foi coordenado por Alexandre Fernandez Vaz e teve como tema: Educação Física nos núcleos articuladores das Diretrizes Educacionais Pedagógicas para a Educação Infantil (Florianópolis) II. Alexandre iniciou lembrando que aquele seria o último do ano e retomando o que havia sido discutido no Encontro de Formação que apresentou o início da discussão sobre o tema. Ele falou sobre como as Diretrizes são documentos que generalizam a Educação Infantil (EI), por vezes não trazendo as especificidades da Educação Física (EF) dentro deste processo. Ressaltou também que a preocupação das instituições de Educação Infantil é, na maioria das vezes, de proporcionar uma educação integral e integrada, porém é importante pensar qual a função de cada um nessa educação.
Alexandre retomou também um assunto que permanece relativamente em aberto no campo das discussões sobre EI, que seria a especificidade da EF, visto que em alguns momentos os professores desta disciplina acabam por reproduzir o que é trabalhado dentro de sala. Sob este ponto de vista, para que um profissional especializado na área? O inverso também pode acontecer, com a professora regente fazendo atividades que são trabalhadas nos momentos de EF. É importante pensar como essas discussões que estavam inicialmente envoltas pelo universo da EF agora são disseminadas e pensadas por outras áreas do conhecimento e de que forma este novo olhar auxilia a dar pistas para a questão. É importante que as outras áreas do conhecimento vejam, sim, a EF como um conhecimento que não pode ser privado das crianças, talvez assim acabassem as proibições de participar do momento da EF em decorrência de um mau comportamento em sala ou como uma forma de punição relativa a outras situações..
Outro assunto bastante discutido foi com relação à EF de 0 a 3 anos, foi falado sobre como é difícil uma comunicação com a crianças tão pequenas, sobretudo por meio da fala, visto que poucas delas já a dominam. Sobre este assunto é importante destacar que apesar de não falarem, as crianças possuem linguagem e estão constantemente se comunicando por meio dela, porém não podemos projetar nas crianças o que gostaríamos que elas expressassem e interpretar seus sinais por meio desta projeção.
Após esta conversa inicial foram retomados os fundamentos norteadores das Diretrizes Nacionais que seriam, entre outros, a Formação para Autonomia e Formação Ética., Alexandre nos chama atenção ao afirmar que estes elementos presentes nas Diretrizes são da vida pública, essencialmente da vida dos adultos, conceitos que não se aplicam às crianças e não devem ser delas exigidos, já que não têm ainda bem desenvolvida a capacidade de ser justa ou democrática, por exemplo.
O encontro foi voltado então para os Núcleos de Ação Pedagógica, que tem como princípio a Pedagogia da Infância e não da criança. Foi falado também que os Núcleos são importantes, pois procuram materializar na prática os princípios presentes nas Diretrizes.
Alexandre comentou também sobre um erro que vem se repetindo constantemente na educação, também na de zero a cinco anos, que é o referente à generalização do sujeito e à particularização dos conteúdos, quando as crianças são tratadas como iguais em todos os sentidos (um padrão) e quem não aprende é porque não teria condições para tal. É importante ter claro que cada sujeito é único, tem suas especificidades e elas têm que ser consideradas sempre em um planejamento de aula. Destacou também o quão importante é não se ter uma visão de educação etapista, porém, sim, considerar as possibilidades disponíveis para cada idade.
Foram abordadas esquematicamente dois modelos, o escolarizante, encontrado na psicomotricidade, o qual visa correção, ajustamento, para o tempo futuro; e o modelo não escolarizante, visto na Pedagogia da Infância e EI que leva em consideração as necessidades e interesses, possibilidades, participação, tempo presente.
Quando se fala sobre a educação do corpo na infância logo nos remetemos ao momento da EF na EI, mas ela não se dá apenas neste momento, mas sim em toda a rotina da instituição, desde a alimentação, higiene, hora do sono, parque, atividade orientada, e também na EF.
Entrando no conteúdo dos Fundamentos Norteadores – Diretrizes Nacionais, Gisele lembrou que quando é mencionado no documento sobre princípios éticos da autonomia, responsabilidade, princípios políticos dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da criatividade e respeito à ordem democrática, entre outros, o destinatário é o adulto/profissional, não a criança.
Os Núcleos de Ação Pedagógica estão categorizados em linguagens: gestual-corporal, oral, sonoro-musical, plástica e escrita; relações sociais e culturais: contexto espacial e temporal, identidade e origens culturais e sociais; natureza: manifestações, dimensões, elementos, fenômenos físicos e naturais – lembrando que o corpo, o próprio organismo faz parte da natureza. Eles se apresentam separados para melhor compreensão, mas devem ser entendidos como constantes e concomitantes.
Após essa conversa, Alexandre pediu para que os professores presentes se reunissem em grupos e conversassem respondendo às perguntas: em que situações de nossa prática encontramos eco nos núcleos de ação pedagógica? E em quais não encontramos? Como e em que os ajudam? Os professores responderam que ajuda a orientar e organizar as experiências e a criarem novas propostas de práticas. Alguns responderam relacionando com as suas práticas na instituição, sendo que o que mais repercutiu foi a linguagem plástica.
Quando se fala em linguagem plástica podemos relacioná-la com a criação de um boi-de-mamão, brinquedos de sucata, desenhos, pinturas, modelagem, entre outros, é a arte de alterar as formas, criar. Uma forma de comunicação mediada pelos sentidos que algumas vezes não alcança a dimensão cognitiva. Alexandre complementa que brincadeira infantil é uma espécie de obra de arte, pois estimula os sentidos, o criar, tem uma estética.
Uma professora diz não encontrar muito eco na linguagem escrita e comenta e pede para que sua colega conte a experiência que vem tendo na sua instituição com esse tipo de linguagem. Santa Helena relatou que depois de seu momento com as crianças, ela escolhe algumas delas para desenharem em uma cartolina o que fizeram naquela aula. Elas escrevem seus nomes, o que fizeram, depois este material é exposto no mural da sala. Uma experiência bem interessante.
Outra professora ainda comentou que para que os núcleos tenham validade, deve haver intencionalidade nas práticas dos professores. Algo bem importante para que a EF seja reconhecida como área do conhecimento.
Por fim houve o encerramento da Formação Continuada dos Professores da Rede Municipal de Educação de Florianópolis deste ano, e um agradecimento especial ao professor Alexandre que sempre esteve presente orientando aqueles encontros. Também a Secretaria Municipal recebeu um agradecimento, tanto pro sua relação com os professores, quanto pelas profissionais que deram suporte à formação. Foi lembrado que dia 29/11 haverá uma conversa com o professor Valter Bracht, todos estão convidados!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Relatório do dia 04/11/2011 - Participação do Grupo Independente na disciplina Infância e Educação do Corpo (CED/UFSC)

No dia 04 de novembro de 2011, à 13:30 horas, teve início a apresentação das professoras Adriana, Andrea, Inelve, Michelle e Santa Helena, do Grupo Independente, em uma das turmas da disciplina Infância e Educação do Corpo, do curso de Pedagogia, ministrada pela Luciana Marcassa (CED/UFSC). Estavam presentes na apresentação além das professoras, treze (13) alunas, bem como duas bolsistas do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq).

Após uma breve apresentação das professoras presentes, Inelve começou a falar sobre o surgimento do Grupo de Estudos Independente da Educação Física na Educação Infantil (GEIEFEI), que ocorreu em agosto de 2004, a partir da necessidade de pensar a Educação Física na Educação Infantil, visto que só os encontros de Formação Continuada dos Professores da Rede Municipal de Educação de Florianópolis muitas vezes eram insuficientes para a reflexão sobre as angústias e dúvidas das práticas nas instituições. Inicialmente a ideia partiu de sete (7) professores, que juntos construíram e enviaram um projeto para a Secretaria Municipal de Educação, buscando a oficialização do processo.

Inelve falou que os encontros são organizados para suprir, de alguma forma, a lacuna deixada pela formação oferecida pela Rede, desta forma são realizados estudos de textos, discussões, apresentações de relatos de experiência de professoras. Os membros se auxiliam na construção de uma prática bem sustentada e realizada. Ressaltou que apesar de as aulas de Educação Física da Rede Municipal serem bem diferenciadas em relação ao convencional, as práticas das professoras do GI se permeiam e se constituem por meio de outras tantas das colegas do referido grupo.

A palavra foi passada para professora Adriana que fez uma retrospectiva dos documentos que orientaram a EF da EI na Rede Municipal de Ensino de Florianópolis, com auxílio de slides contendo as capas desses documentos e uma breve apresentação deles. Foi falado também sobre a produção de textos do GI publicados na revista Motrivivência ¹ e a criação de um documento mais específico para orientar a prática da EF na EI que são as Diretrizes (esta ainda se encontra em fase de construção).

Adriana comentou a necessidade de conhecer um pouco mais esse “ser criança”, havendo a necessidade de diálogo da EF com a Pedagogia, Sociologia, Filosofia, Antropologia. A partir disso trouxe para a apresentação alguns eixos metodológicos que estão presentes em suas práticas. Uma das características da EF é proporcionar às crianças experiências relacionadas à cultura de movimento, podendo perceber expressões desta cultura em práticas como os jogos, esportes, danças, lutas e as dramatizações. Sendo assim, as experiências vivenciadas nos encontros de EF tem por objetivo construir possibilidades de movimentos com o corpo a partir daquilo que seja mais significativo para as crianças. É importante lembrar que ao lidar com estes temas da cultura de movimento na infância temos clareza da necessidade de tematizá-los sempre com o foco nas crianças, com suas características próprias e sua forma de ver e compreender o mundo que as rodeia, entendendo-as como sendo capazes de expressar-se e de participar da construção de propostas de atividades.

Outro assunto que foi levantado como algo que ainda incomoda as professoras foi acerca da organização do tempo e espaço da Educação Física nas instituições de Educação Infantil. Foi apresentada uma reflexão de Deborah Thomé Sayão (1997) - citada como de grande importância para os trabalhos desenvolvidos, “É preciso que a Educação Física deixe de ser um veículo de reprodução do modelo 'esportivizante' baseado no Decreto 69.450/71 intervindo três vezes por semana, em horários determinados, como a “hora de...” do corpo, do pátio, da prática.” (p. 267). Sayão coloca que esta forma de organização do tempo incorpora na Educação Infantil o modelo que orienta a organização da Educação Física na escola, o que para ela revela a desconsideração com as características educativas dessa faixa etária.

As professoras do GI comentaram que já conseguem ter uma maior flexibilidade de horário para suas aulas, podendo ficar com uma ou duas turmas durante um período, por exemplo, utilizando o tempo conforme as atividades propostas, assim amenizando essa desconsideração da característica fundamental de ser da criança.

Logo após essa conversa começaram os relatos de experiência. Todos foram breves, visto que o tempo era bem reduzido. As apresentações continham o nome da professora, da creche ou NEI, a pontuação dos projetos realizados na mesma e slides com fotos variadas. Inelve acrescentou seu relato trazendo cartazes feitos pelas crianças e cartolinas com fotos ampliadas do projeto Boi-de-mamão, que foram colados na parede da sala.

Michelle começou falando dos três (3) projetos que trabalha na creche nas aulas de Educação Física. O primeiro foi o Projeto Coletivo, que promove a interação entre crianças, pais, professores, articulando toda a instituição. O segundo foi Os Passeios. explicou que a creche em que atual fica em uma região pobre. e com esses passeios é possível oportunizar a essas crianças conhecerem novos lugares como teatro, campo de futebol, praia... Michelle focou mais, na apresentação, a presença da Ginástica nas suas aulas, ela como ex-ginasta e com grande experiência traz para suas crianças essa experimentação sempre lançando desafios. Pontuou que tem grande apoio da sua instituição nos projetos que realiza, as professoras de sala participam da sua aula e sempre estão conversando sobre as atividades nas reuniões pedagógicas.

Em seguida Adriana falou sobre suas práticas na sua instituição, como a Dança, com cirandas e do boi-de-mamão e o projeto do dia das bicicletas (bicicletaço). Ressaltou que sua instituição é nova e provida de um grande espaço livre, sendo favorável para a realização das atividades. Explicou que o projeto é organizado mensalmente com as professoras de sala e lembrado uma semana antes. Todas as professoras participam das aulas de Educação Física e se for necessário fazem algumas adaptações para que estejam presentes. Alguns cuidados, como mandar bilhete para as famílias avisando o dia de trazer a "motocicleta", a presença de um acervo de bicicletas e motocas na instituição, a mediação da professora incentivando as trocas de brinquedo, o espaço pensando com alguns desafios, tudo isso é realizado por Adriana para qualificar essa experiência de movimento, tornando-o mais satisfatório possível para as crianças.

Andrea começou oferecendo um panorama de como é a região em que a creche se encontra, um local carente, sem nenhum espaço para lazer, ruas precárias e com grande diversidade de cultura, pois muitas pessoas emigram para lá viver. Com isso, a creche se torna o lugar mais atraente e favorável para se fazer as interações das crianças, dos pais, da comunidade com a instituição e projetos, não somente durante a semana mas também aos sábados e domingos.

Há bastante esse movimento escola e pais, sociedade, em que a participação dos mais velhos se torna importante para a formação das crianças e também para mudar o pensamento de que aula de Educação Física está ali como um passatempo mas, que, na verdade, trata-se de uma área do conhecimento, com objetivos e aprendizados. O foco nas aulas de Andrea é a Dança, trabalha o movimento/expressão corporal por meio do ritmo. Nesse momento Andrea mostrou fotos de algumas atividades e cantou músicas que estão presentes nas aulas.

Inelve foi a próxima a falar, referiu-se à prática do Boi-de-Mamão, contou como surgiu, como se apaixonou por elas. Começou primeiro a ser brincado pelos maiores, pois o Boi era grande. Nesse movimento de observação, Inelve notou que os pequenos ficavam fadados a só olhar os outros brincando, foi quando ela fabricou os personagens com tamanhos condizentes ao das crianças menores. Assim, hoje na creche, todos brincam com o Boi-de-Mamão.

Falou sobre o planejamento quanto ao horário de se dançar o Boi, delimitado por ela antes de cada semana, porém, mantenod-o flexível. Sua duração depende de como a atividade está decorrendo e da participação das crianças. O CD das músicas do Boi-de-Mamão é posto e as crianças dançam livremente, não tendo um conjunto de movimentos pré-estabelecidos, o foco não está no sucesso de uma coreografia bem executada, mas na participação, que os pequenos possam brincar, ressignificar, cantar, dançar, aprender, ampliar suas experiências.

Quando a apresentação envolve toda a creche – pois há os momentos que se brinca só com a turma – é preciso uma grande organização e envolvimento da unidade. Exige muito tempo para a organização do espaço e personagens para que a dança aconteça, intervenção das professoras nas turmas que irão assistir, participação das crianças e professoras na confecção dos avisos (Inelve trouxe cartazes para visualização) e na divulgação do folguedo (brincadeira que apresenta uma dramatização) do Boi-de-Mamão e de tantos outros momentos. Outro item comentado é a organização e anotação de quem interpretará os personagens mais disputados, havendo uma mediação da professora para que um ceda e tenha o direito de escolher qualquer personagem na próxima vez.

Por fim, Santa Helena destacou sua prática Circo, na qual trabalha expressão corporal com todos os grupos da creche, desafios, apresentação de mágico - algumas crianças aprendem mágicas. Há um momento que a creche inteira participa dessas brincadeiras envolvendo também todo o corpo docente, havendo também a parceria com a família. Uma vez por ano estas assistem aos espetáculos.

Foi reforçado por todas as professoras a necessidade de comunicação e interação dos professores de sala com os de Educação Física, a parceria e envolvimento de toda a instituição nos projetos. A presença da família e o benefício disso também foram bastante ressaltados Como as professoras organizam suas atividades e projetos, apesar de ter tido pouco de tempo de fala, ficou claro para as alunas da Pedagogia que antes tinham dificuldade de ver essa interação da EFcom as outras atividades da instituição.

Foi necessário também esclarecer às alunas que a EF é uma disciplina e principalmente um conhecimento tão importante quanto qualquer outro, desta forma não deve ser somente ela a complementar os projetos da professora de sala, mas também a professora de sala auxiliar, em parceria, o trabalho realizado pela EF.

A professora Luciana e as alunas ficaram gratificadas pela disponibilidade e apresentação das professoras do GI e com a fala de uma das aulas foi possível ver importância daquele momento, “Vocês trouxeram muitas possibilidades para nós que só estudamos a teoria; mas que a prática está bem próxima.”

Nota

1 Oportuno citar o link da Revista Motrivivência na qual os professores do Grupo Independente foram responsáveis pela produção dos texto da edição Ano XIX, Nº 29 - Especial - Dezembro/2007, titulada Educação Física na Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis: problematizando limites e possibilidades.


sábado, 12 de novembro de 2011

ENCONTRO DO GI COM O PROFESSOR VALTER BRACHT

No dia 29.11 teremos no encontro do GI a participação muito especial do professor Valter Bracht, que se disponibilizou a conversar com os professores de Educação Física na Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis.

Como base para esta conversa ele disponibilizou o texto “Do abandono pedagógico às experiências inovadoras: lacunas e caminhos para a Educação Física Escolar” do autor Felipe Quintão de Almeida (segue em anexo). Este texto vem trazer à tona a discussão sobre o desinvestimento pedagógico e abandono docente, assim como quais os reais fatores que contribuem para os mesmos e a importância de conhecê-los para ai então evitarmos “aquelas explicações causais que, de forma bastante simplista, atribuem o fracasso, o desânimo ou o conservadorismo obstrucionista no ensino dos próprios professores, normalmente adjetivados de vagabundos, preguiçosos, etc”.

O tema abordado no texto não se aplica apenas a Educação Física, porém trás algumas discussões bastantes presentes na área, como por exemplo a sua especificidade e como esta é vista pelas outras tantas áreas do conhecimento.


O texto foi encaminhado por email, quem não recebê-lo favor solicitar através do email: grupoindependente.efinfantil@gmail.com

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

PRÓXIMO ENCONTRO DIA 08.11.2011

Data: 08.11.2011


Horário: 08:00 - 12:00


Local: CEC (Eventos), na Rua Ferreria Lima 82 – Centro

Relatório do dia 01/11/2011 - Formação Continuada dos Professores da Rede Municipal de Educação de Florianópolis

No dia 01 de novembro de 2011, às 09h, teve início o Encontro do Grupo Independente (GI). Ele contou com a presença de quatro (4) professores, bem como de duas bolsistas do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq).
O encontro foi realizado com o objetivo de montar a apresentação do GI para a disciplina Infância e Educação do Corpo, ministrada para o curso de Pedagogia pela professora Luciana Marcassa (CED/UFSC). O inicio do encontro foi destinado aos informes, um deles foi o convite realizado pelo professor André para que o GI fizesse uma apresentação também na mesma disciplina, mas em outra turma, ministrada pelo professor Alexandre Fernandez Vaz, no qual está realizando Estágio de Docência. Adriana comentou que o convite foi feito a ela e que esta apresentação seria nos mesmos moldes da que se realizará nesta sexta. Inicialmente as professoras presentes no encontro acharam a idéia bem interessante, porém decidiram que é melhor conversar depois, com a presença André, para ver o que ele deseja com esta participação.
Após este primeiro momento, a professora Adriana nos trouxe o que havia sido conversado com a professora Luciana sobre a apresentação. Segundo ela, Luciana voltou a pedir que suas alunas pudessem assistir ao menos uma (1) aula das professoras que iriam se apresentar para a turma. A turma é composta por dezesseis (16) alunas, estas formariam oito (8) duplas e cada uma visitaria uma instituição. Adriana falou para Luciana que apenas cinco (5) professoras iriam se apresentar e que não sabia se elas teriam disponibilidade e interesse de receber visitas em suas instituições para apenas uma aula, visto que esta decisão não cabe apenas às professoras e que há um grande problema referente a pessoas observarem um recorte tão pequeno de uma prática. Inelve ressaltou que às vezes a sua aula sai maravilhosa e em outros momentos nada acontece como se havia planejado, desta forma ao observar apenas uma (1) aula, não é possível ter uma noção mais concreta daquela prática que está sendo realizado. Vendo e entendendo o impasse, Adriana perguntou para o grupo se, na opinião delas, faria mal em abrir seu campo para uma dupla, as professoras concordaram com a ideia e Inelve falou que também não teria problema em receber a visita de uma dupla, porém todas as professoras ressaltaram que é importante uma conversa anterior com a professora Luciana e suas alunas, assim como uma apresentação do cronograma de observações.
Adriana falou que indicou os textos: “Ginástica, circo e dança: um relato da Educação Física na Educação Infantil” da autora Michelle Cristina Goulart; “Dança na Educação Infantil: uma brincadeira que vem dando certo...” de Andréa Regina Fonseca Silveira; “A produção do conhecimento em educação física na educação infantil no contexto histórico da rede municipal de ensino de Florianópolis (SC): levantamento dos eixos teórico-metodológicos e epistemológicos em documentos da Rede” dos autores Carmen Lúcia Nunes Vieira e Francisco Emílio de Medeiros; “Os principais problemas da Educação Física e suas relações com a realidade na/da Educação Infantil”, de Denize Costa Farias, Michelle Cristina Goulart e Santa Helena Amorim, para leitura prévia por parte das alunas da disciplina, falou também que serão apresentadas fotos das práticas de cada professora.
A professora Luciana Marcassa disse que seria interessante fazer a apresentação dividida em quatro (4) assuntos gerais: uma breve apresentação do GI; os objetivos (matrizes) que orientam o trabalho da Educação Física (EF) na Educação Infantil (EI); a “orientação ético-político-pedagógica” da EF na EI, as parcerias feitas pela EF com a pedagogia, filosofia, entre outras; e, por fim, como se dá a relação da EF com as professoras de sala e com a instituição como um todo.
Para o segundo tópico a professora Inelve sugeriu fazer um retrospectiva dos documentos que orientaram a EF da EI na Rede Municipal de Ensino, assim como colocar o nome de Deborah Thomé Sayão como referência para os trabalhos desenvolvidos. Esta retrospectiva se daria a partir de um slide com as capas desses documentos e uma breve apresentação deles. Todas os presentes concordaram com a proposta apresentada por Inelve, assim como a demanda trazida pela Luciana.
Após esta discussão sobre o formato da apresentação, a professora Michelle mostrou como estavam ficando os slides já com as fotos de cada professora. Foi visto então o que cada professora iria falar, qual foco e prática iriam apresentar. Michelle disse que irá falar de maneira mais geral sobre alguns de seus projetos, como os passeios, circo e ginástica; Inelve apresentará seu projeto do boi-de-mamão; Adriana relatará o projeto do dia das bicicletas (bicicletaço) e, sobrando tempo, as cirandas; Santa Helena falará do circo e, por fim, Andréia apresentará sobre a dança. Ficou decidido, em comum acordo, que todas as apresentações individuais teriam como foco a integração as rotinas, e parcerias feitas pela EF.
Ao final do encontro as professoras destacaram que é importante deixar claro na apresentação que cada prática não é de apenas uma professora, mas que a de uma perpassa e se constitui através de outras tantas das colegas.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

PARTICIPAÇÃO DO GRUPO INDEPENDENTE NA DISCIPLINA INFÂNCIA E EDUCAÇÃO DO CORPO (CED/UFSC)

Data: 04.11.2011

Horário: Das 13:30h às 15:10h

Local: CED - UFSC

Pauta: * Apresentação do Grupo Independente
* Orientação teórica acerta do fazer pedagógico
* Organização espaço-tempo
* Apresentação da prática de algumas professoras

Relatório do dia 25/10/2011 - Formação Continuada dos Professores da Rede Municipal de Educação de Florianópolis

No dia 25 de outubro de 2011, às 09h e 40min, teve início o Encontro do Grupo Independente (GI). Ele contou com a presença de quatro (4) professores, bem como de duas bolsistas do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq).
A pauta do encontro era a discussão dos textos "O corpo bagulho: ser velho na perspectiva da criança" de Anne Carolina Ramos; "Itinerários da inclusão de pessoas com histórico de deficiência: um estudo sobre uma menina surda em aulas regulares de Educação Física" dos autores Gisele Carreirão Gonçalves, Alexandre Fernandez Vaz e Luciano Lazzaris Fernandes. No entanto como só haviam quatro (4) professoras presentes e ocorrerá a apresentação do GI na disciplina Infância e Educação do Corpo, ministrada pela professora Luciana Marcassa (CED/UFSC), foi decidido que este encontro poderia ser destinado a pensar e organizar esta apresentação.
As professoras já haviam se organizado e Michelle ficou responsável por montar uma apresentação em power point com fotos das aulas dos demais professores, que ficaram encarregados enviar suas imagens para ela até sexta-feira. Após conversa sobre os andamentos dessa apresentação foi decidido que o próximo encontro do GI, terça-feira (01.11), seria destinado à organização e finalização da apresentação que já ocorrerá na sexta-feira (04.11).
Algumas alterações no calendário deste fim de ano foram feitas. Levando em consideração que muitos professores estão em "reta final" em suas instituições, tendo que fazer as avaliações no começo do mês de dezembro, a data que estava prevista para planejar o calendário do grupo para 2012 passou do dia 06.12 para o dia 22.11. Outra data modificada foi a do dia 29.11, em que ocorrerá um encontro especial com o convidado Valter Bracht.
Ao final do encontro foram discutidos brevemente os textos indicados, chamou atenção das professoras o fato de as crianças verem os velhos como pessoas que já não podem fazer determinadas coisas, pessoas limitadas. Também foi discutido o fato de todos acharmos que certas coisas não são para velhos, como por exemplo, a roupa. Por que uma pessoa mais velha não pode usar roupa curta, se é assim que ela se sente bem? Isto é construído de que forma? Deveríamos modificar nosso olhar?