Caros colegas, este Blog tem como objetivo servir de ferramenta para os participantes da Formação Continuada dos Professores de Educação Física atuantes na Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis, promovendo através de seu acesso a socialização de materiais e comunicação efetiva entre todos os professores.

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sábado, 26 de maio de 2012

Relatório do dia 08/05/2012 - Formação da Rede Municipal de Educação de Florianópolis


No dia 08 de maio de 2012, às 08h e 25min, teve início o Encontro de Formação da Rede Pública Municipal de Educação. Ele contou com a presença de trinta e dois (32) professores, bem como de uma bolsista do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq). O Encontro foi coordenado pelo Professor Alexandre Fernandez Vaz e teve como tema “Educação Física na Educação Infantil: Temas em debate IV – Lugares da Educação Física na Educação Infantil (I), segundo as experiências relatadas.
Alexandre trouxe trechos dos relatos de experiência pertencentes a professores da Rede para discussão e reflexão. Esses textos estão presentes no Documento que vem sendo desenvolvido pelo Grupo Independente de Professores de Educação Física da Educação Infantil como contribuição à orientação das Diretrizes Municipais para a educação de 0 a 5 anos. Ele é composto pela parte teórico-metodológico e em seguida vem os relatos de diversas práticas realizadas nas instituições municipais.
O estudo desses escritos tem por função verificar de que forma ajudam a materializar discussões que vem sendo realizadas no decorrer dos encontros da Formação, e fazer um exercício de análise do fragmento selecionado de cada relato, que contempla experiências diversas no âmbito da cultura corporal.
Antes de partir para os relatos, Alexandre argumentou sobre a grande importância de se fazer anotações dos momentos da Educação Física. Porque nossa memória é falha, seletiva, podendo se perder ou confundir certos acontecimentos; por proporciona um distanciamento da própria prática para poder avaliar melhor o que foi trabalhado, exigindo elaborar um registro que vá além da mera impressão; facilita a avaliação em longo prazo; por fim materializa o que se tem ensinado na instituição, podendo disponibilizar e tornar conhecidas essas informações aos colegas de trabalho.
Os professores presentes tiveram a tarefa de analisar se o texto cumpriu o seu objetivo de comunicar, se foi escrita de forma clara, o que ele anuncia e como podemos ligá-lo com as próprias práticas.
O primeiro extrato de relato foi sobre um trabalho realizado com a Dança, com dois parágrafos do texto. Foi apontado que está muito bem escrito, há uma fundamentação, anuncia e justifica a escolha do conteúdo selecionado, estão presentes os objetivos e alguns deles acabaram chamando a atenção dos docentes presentes: ampliação do repertório de movimentos corporais, sensibilização, expressividade e criatividade das crianças. As pessoas os apontaram como elementos importantes, mas um professor colocou em questionamento se os objetivos não estavam muito idealizados. Alexandre comentou que devemos colocar as metas acima das nossas possibilidades para que elas não limitem a prática, permitindo-nos estudar, refletir, buscando alcançar o que foi planejado, saindo da zona de conforto e arriscando um pouco mais. Também foi apontada a parceria e contribuição da instituição para com esse projeto. A segurança e os espaços organizados foram itens observados no texto. Foi finalizado com um elogio acerca de ser um relato de uma prática bem pensada, que considera a instituição, reflete sobre a própria experiência e contextualiza isso dentro de uma sociedade, uma cultura.
O segundo extrato se referiu a um relato que contemplava três projetos que são desenvolvidos paralelamente na instituição, um é a dança do Boi-de-mamão desde os pequenos até os maiores por meio de adaptações dos personagens, outro são as Saídas e Passeios, e por fim a organização dos espaços para atividades coletivas que propõem brincadeiras com água, brincadeiras sobre rodas, parque ou Hall nas segundas-feiras. Decompondo as partes do texto foi observado que apareceu o princípio que a instituição tem por função operar com elementos da cultura, ampliando o repertório de práticas corporais das crianças, rivalizando com a cultura de massa e preservando jogos da cultura popular, como o boi-de-mamão. A criação de brinquedos/fantasias que evocam personagens que permitam às crianças menores brincarem e não serem somente meros observadores foi algo destacado como importante e inovador. Mais uma vez ficou evidente a participação da instituição como um todo no projeto, não sendo somente da Educação Física. O critério da escolha do boi-de-mamão como conteúdo ficou claro, importante por fazer parte da história e cultura regional, também por estar sendo esquecida, engolida pela indústria cultural, por trabalhar com elementos que vão além da mera atividade corporal.
Algo bem interessante que foi notado no fragmento de texto é o grupo de estudos realizados impreterivelmente nas segundas-feiras, a organização da creche para estudos. Também se observa o espaço organizado funcionando como mais um educador, organizado pelo professor intencionalmente visando algum objetivo.  A descrição da segurança relacionada às crianças também se viu no decorrer do fragmento, algo bem importante que deve ser levado em consideração. Manter o "risco" da aventura, mas afastada dos perigos, é importante. O professor deve estar atento, presente e fazer o possível para reduzir o perigo de uma determinada prática ao "risco" da aventura, tornando a atividade desafiadora. Todos concordaram que teve uma descrição ótima e bem detalhada.
O terceiro e último extrato analisado nesse dia se referia ao relato no qual as professoras de Educação Física, juntamente com a concordância das professoras de sala, orientadora pedagógica e a direção da instituição, trabalham o momento da Educação Física em um turno completo com determinado grupo, alternando a cada dia a turma. A professora acompanha os momentos da rotina dos pequenos, como alimentação, higienização e descanso, fazendo a proposta pensada para o dia entre esses momentos. Uma questão bem importante e levantada pelos participantes da Formação foi a conquista da professora de Educação Física de poder trabalhar um período inteiro com uma turma, transpondo o modelo escolarizante de aulas limitadas em 45 minutos que em muitas instituições está ainda enraizado. Também mostra a presença da professora nas rotinas das crianças e não somente atuante na Educação Física. Um professor salientou a parceria e apoio das professoras, direção, instituição em geral nas questões da Educação Física. Outra professora afirmou que é importante e desafiador a participação do professor de Educação Física na rotina dos pequenos, principalmente com o objetivo de humanizar esses momentos.
Por fim os professores declararam que ficaram um pouco confusos com o último extrato por haver palavras ambíguas e por não terem lido todo o relato, tendo sido analisado somente um trecho de dez (10) linhas. 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Relatório do dia 17/04/2012 - Formação Continuada dos Professores da Rede Municipal de Educação de Florianópolis - GI


No dia 17 de abril de 2012, às 09h e 15min, teve início o Encontro do Grupo de Estudos Independente da Educação Física na Educação Infantil. Ele contou com a presença de quatorze (14) professores, bem como de uma bolsista do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq). O Encontro foi coordenado pela Doutoranda Ana Cristina Richter (UFPR) e teve como objetivo discutir sobre a relação da Educação Física com o NAP Linguagem: gestual-corporal, oral, sonoromusical, plástica e escrita.
Logo após ser apresentada, comentou que um professor de Prática de Ensino tinha conversado sobre uma dupla de estagiários da Educação Física da UFSC que gostaria de fazer um projeto sobre música junto a um grupo de crianças de uma determinada instituição, ela respondeu: “Não dá, então faz-se formação em Música e trabalha-se com Música.” O que Ana Cristina afirma é que Música não é objeto primeiro da Educação Física, não seria um fim e sim um meio, podendo ser utilizada para tematizar o elemento da mesma a ser trabalhado.
Quando trabalhamos com a linguagem sonoromusical, precisamos pensar o que é Música. O filósofo, sociólogo e musicólogo Theodor Wiesengrund Adorno (1903-1969) nos oferece reflexões importantes para o trabalho com a música como a idéia de Fetichismo dos meios. Um exemplo citado pela doutoranda é quando pedimos para a criança colocar a atenção e destacar quais instrumentos estão presentes em determinada música, nossa atenção está se dirigindo para técnica, para os meios e não para o fim.
Ana começa perguntando aos professores o que restaria de conteúdo da Educação Física se isolássemos a idéia de brincadeira e brincadeiras tradicionais. Uma professora respondeu que quando ela pensa em brincadeira, distingue-a entre método e em conteúdo. Se tirarmos a brincadeira como conteúdo, resta-se ela como metodologia para trabalhar outros elementos da Educação Física, aí permanecendo muita coisa, materializando-se como meio e não como fim em si mesma, sem objetivo à ser alcançado. Continuando a instigar mais um pouco os educadores, é perguntado: se fosse retirada a brincadeira como conteúdo e como método? Um professor responde que se pode trabalhar outros conteúdos como esportes, ginástica, dança, mas sem utilizar a brincadeira como método, sendo que se trata de crianças, parece ser algo incoerente, pois terá um olhar mais voltado para técnica e outros elementos restritos que não estão presentes quando falamos em brincadeira. Outra professora reafirma que se tirarmos a brincadeira como conteúdo, nos resta tantos outros, mas retirar a brincadeira como método, como modo de relação com os outros conteúdos estamos desrespeitando a forma peculiar, distinta das crianças interagirem com o mundo.
Ana teve como objetivo problematizar a idéia de brincadeira como conteúdo, repensando-a principalmente na Educação Física na Educação Infantil. Walter Benjamin é citado pela sua idéia de que jamais um brinquedo ou uma proposta de uma brincadeira irá determinar o conteúdo daquela prática para a criança. O professor deve ter isso claro. A partir disso nos faz pensar e ter cautela sobre o discurso da brincadeira como fim, como objetivo.
Tendo como referência Adorno, a Ministrante nos alerta que muitos hábitos entram na vida da criança por meio da brincadeira. Quando cantamos uma determinada música para lavar as mãos, ou formar uma fila, estamos dando conta da adaptação, de preparação para vida adulta, civilizando para ordenar o mundo. Mas a educação e nossa função como professores é só civilizar? Ana nos faz refletir sobre nosso papel de professor e cita a idéia de Hannah Arendt, apresentar o mundo às crianças; no caso do professor de Educação Física apresentar também o mundo da cultura corporal.
A partir dessas discussões surgiu o assunto Formação dos Profissionais nessa área. Primeiramente nos deparamos com um fato problemático no curso de Educação Física, no interior do qual é muito pouco pensada e estudada a infância e a prática nessa faixa etária. A Doutoranda nos trouxe uma informação surpreendente, segundo a qual foram analisadas as ementas do curso de Educação Física da UFSC e a palavra infância apareceu somente três (3) vezes. Observando que na instituição formadora de profissionais já é pouco pensando e estudado sobre esse tema, acaba tendo como conseqüência direta ou indiretamente na atuação desse profissional junto a instituição infantil do qual o mesmo está habilitado a trabalhar. Isso muitas vezes reflete a reprodução do conhecimento adquirido pelo profissional ao longo da sua vida, mera vivência, visto que não teve aprendizado durante a sua formação, assim não havendo reflexão sobre sua prática e nem um planejamento com objetivo a ser alcançado, um fim.  Muitas vezes encontra-se aulas recheadas de atividades, nas quais o professor meramente reproduz o que já está pronto, acabado, sem nenhum tipo de reflexão, prejudicando diretamente as crianças.
Logo após esse debate uma professora comentou sobre a importância de pensarmos e enxergarmos elementos da Educação Física trazidos pelas crianças no momento da prática e que não foram programados pelo Docente. Quando os pequenos têm a possibilidade de vivenciar, conhecer, falar a respeito de um elemento da cultura coporal, podem, a partir disso, ressignificar, inventar, reconstruir as práticas corporais mudando o direcionamento do que estava sendo proposto. Entretanto, a atitude do adulto algumas vezes é de repreendê-los e fazê-los retornar à atividade que foi determinada previamente, não percebendo elementos muito ricos vindos deles, e reduzindo o planejamento daquele momento à visão somente do adulto. Essa atitude da criança de escapar do que foi planejado pelo Professor é definida por Benjamin como desvio segundo Ana, sendo que o Professor deve estar consciente que irá acontecer em vários momentos esse desvio e saber lidar com isso, devendo ser observado como algo positivo, pois só assim é apresentado ao professor outras formas de brincar, de interpretar, ressignificar e também de confrontar o novo com o que já foi determinado, definido no passado. Ana Cristina concorda e diz que devemos conhecer mais as “palavras chaves”, as discussões conceituais, pensar o que significa Brincadeira, Professor, Educação Infantil, Educação Física, Música, etc assim conhecendo de forma mais ampla o universo que envolve as práticas corporais e a educação em geral.
Nos documentos que abordam os NAPs, é afirmado que as várias formas de linguagem, gestual-corporal, oral, sonoromusical, plástica, escrita, aparecem em diversos momentos da prática pedagógica. Ana nos alerta para as diferentes linguagens e sua dimensão estética, a sua forma. Em geral, podemos dizer que cada instituição tem formas de comunicação e expressão diferenciadas com as crianças. Como a linguagem é produtora de subjetividades ela vai nos formando, então o que dizemos, ouvimos, verbalizamos, lemos, vai nos constituindo como sujeitos. Como podemos então pensar na forma da linguagem? 
Ana cita uma situação em uma instituição municipal como exemplo do uso da linguagem na aula de Educação Física na qual a professora vai até a sala das crianças e só fala “Vem”. Ela e as crianças se dirigem ao terreno de uma horta, a professora pede que as crianças se acomodem e explica que o material que for utilizado deve ser depois guardado, por fim diz “Podem brincar.” A auxiliar da turma chega e a mesma diz “Vamos lá turma, guardando, está na hora de ir!” Esse foi um exemplo da linguagem de comunicação e não de expressão, tendo assim ação de um falar e o outro fazer, obedecer, apresentando-se somente a função instrumental. Se a linguagem e o pensamento é o que nos fazem humanos, devemos pensar que tipo de linguagem estamos conformando em e na relação com a infância.
No exemplo acima, percebe-se que em nenhum momento a professora conversa com as crianças sobre o que estão fazendo, sobre o que fizeram, sobre o que sentem e pensam a respeito da proposta. O ato de falar, instigar, descobrir, pensar sobre o que estão realizando, é fundamental também para se construir uma memória, porque a partir dela é que podemos imaginar. A criança precisa de elementos para poder aflorar suas idéias, imaginação, criatividade, ninguém consegue imaginar a partir do nada. Sem história não tem memória, por isso a autoridade do professor em apresentar o mundo às crianças se deve fazer presente em todos os momentos.
Muito presente nos discursos atuais nas instituições é a linguagem cientifizada, um exemplo comum é no momento do lanche em que a professora fala “Come chuchu porque faz bem para saúde” e quase nunca “Que engraçado o gosto do chuchu né?!” Haveria aqui uma dimensão estética do conhecimento, saber a forma, o gosto, a textura, o cheiro, e isso não é comumente trabalhado no cotidiano.
Alguns autores defendem a idéia de que a criança não tem linguagem e sim voz, na qual só expressa dois sentimentos que são dor e prazer. Chocante dizem alguns professores. Precisamos pensar se é só isso que constitui o humano, a cultura, e se devemos valorizar somente essas duas emoções, não levando ao conhecimento da criança a retórica, a oratória, estímulo ao argumentar, à participação em determinadas decisões que partem exclusivamente do professor – visto que deve partir do adulto, é assim que a linguagem vai se firmando na vida das crianças e também na vida social dos adultos. É responsabilidade do professor ajudar os pequenos a passar da voz à linguagem para que possam criar juízo do mundo, possibilitar que o olhem a partir dos olhos do outro, podendo assim deliberar. Quando se fala com a criança na instituição, geralmente acontece uma redução da comunicação a critérios que residem exclusivamente no controle do corpo e eficiência, como na fala a seguir, “Que bonitinho, amarrou o tênis sozinho!” Esquece-se de se conversar sobre os outros modos de calçar os pés, de amarrar os cadarços, de mostrar a história em movimento.
Ana problematiza o lugar da linguagem na música para pensarmos quando formos trabalhar com esse elemento nos momentos da Educação Física, e cita como exemplo uma canção que tem como título Meus dentes brilham, a qual tem frases que dizem “O que me anima e me alegra é ver todos os meus dentes a brilhar”, “Eu amo todos eles” “Para os fãs, é só olhar.” Em uma sociedade como a nossa, em que a personalidade está centrada na aparência, a canção é “perfeita”. Além de “vender” uma felicidade que se centra na exterioridade, notamos o consumismo implícito, formando uma identidade que vai se basear no narcisismo. Jurandir Costa escreve, por exemplo, que “basear a identidade no narcisismo significa dizer que o sujeito é o ponto de partida e de chegada do cuidado de si. Ou seja, o ‘que se é’ e o que ‘se pretende ser’ devem caber no espaço da preocupação consigo. [...] O narcisista cuida apenas de si, porque aprendeu a acreditar que a felicidade é sinônimo de satisfação sensorial. [...] O sentido da vida deixou de ser pensado como um processo com finalidade em longo prazo e objetivos extrapessoais” (COSTA, 2005, p. 185-6).
 Esse exemplo nos faz entender a importância e o cuidado de escolher as canções a serem trabalhadas e quais objetivos queremos alcançar com elas.
Ana usou mais uma cena de um momento observado em uma determinada instituição, para mostrar como que as outras linguagens estão a serviço da Educação Física e como as crianças são convidadas a atuar: “Na sala, sentadas sobre o tapete, estão dezenove crianças do grupo, duas professoras e a professora de Educação Física. A professora de EF decide com as crianças, os papéis que representarão na dança do Boi-de-mamão da próxima sexta-feira. Um menino senta ao colo da A professora de EF. Ela relê a lista de personagens e pergunta: “Quem é a cabra?”[...] A professora de EF avisa que não há ursos brancos e pretos. Um menino sugere que as professoras os representem e elas topam. Uma delas diz: “Gostei da tua idéia. O urso também é divertido.” Ela estende a mão à criança e cumprimenta-o pela indicação. A professora de EF explica que as crianças precisam preparar um cartaz anunciando a dança e que dançarão para uma turma visitante de outra creche que também brinca de Boi e virá assistir”.
No momento que a professora senta com as crianças, prepara com elas, lê e relê uma lista, um cartaz, uma história relacionada às práticas corporais, os pequenos também estão em contato com a escrita, com a leitura. Para os bebês a familiarização com os livros, o toque, ouvir histórias, conhecimento do peso, da textura, do material, também são formas de aproximação às linguagens oral, escrita, plástica. Dessa forma propicia-se a formas diferenciadas de contato, manipulação e experimentação de movimentos, materiais, imagens e recursos historicamente criados e culturalmente desenvolvidos que integram a cultura corporal.
A doutoranda perguntou aos professores a respeito dos livros disponíveis em suas instituições que falassem sobre o movimento, sobre assuntos relacionados à Educação Física e a resposta foi quase nada, para não generalizar dizendo nada.
Ao finalizar o encontro, Ana distribuiu alguns livros infantis, revistas, livros da área da Educação Física de diversos temas para os professores olharem e conhecerem, como exemplo o livro Linéia no jardim de Monet, onde aparecem imagens vinculadas às práticas corporais, tal como a obra “Regates à Argenteul”, entre outras, ou, ainda, em revistas da área, onde aparecem pinturas, desenhos, gráficos que também permitem o contato com os temas da cultura corporal por meio das diferentes linguagens.
Considerando, por exemplo, o trabalho com as práticas circenses, Ana trouxe música erudita para ouvirmos, de Heitor Villa–Lobos: “O Ginete do Pierrozinho”; A manhã de Pierrete”.
Essas e outras opções precisam ser conhecidas, estudadas, aprofundadas problematizadas para se ter conhecimento para trabalhar a cultura corporal e apresentar o movimento da história às crianças.