Caros colegas, este Blog tem como objetivo servir de ferramenta para os participantes da Formação Continuada dos Professores de Educação Física atuantes na Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis, promovendo através de seu acesso a socialização de materiais e comunicação efetiva entre todos os professores.

Sejam bem-vindos !

domingo, 30 de junho de 2013

Oficina de Capoeira dia 02 de junho

      No dia 04 de junho às 09 horas, começou a Reunião do Grupo Independente com a Oficina de Capoeira ministrada pelo Professor Juliano e pela Professora Andréia.
      Como no ultimo encontro eles abordaram o tema, a historia da capoeira e comentaram suas características distintas, nesse encontro deram ênfase à prática: ginga, nos golpes e esquivas.
      Começaram dando a introdução da ginga como base para os movimentos da capoeira, ou seja, como se deve gingar? Juliano comenta que para gingar temos que respeitar o ritmo da musica e os instrumentos utilizados na roda de capoeira.
      Então Juliano e Andreia sugerem que todos brinquem com os sons, com os instrumentos que os mesmos trouxeram como:

- BERIMBAL = O berimbau é um arco musical originado de outros arcos de regiões africanas com ocupação banto. A forma atual e o modo de tocar são construções dos afro-descendentes brasileiros. O instrumento é composto pela verga de biriba, corda de aço, cabaça raspada, courão e caro. O courão impede que a corda rache a biriba e o caro é o barbante que ajuda na amarração da corda.

- CAXIXI = Pequena cesta de palha, com fundo de couro, usada como chocalho, preenchida de pedrinhas ou sementes.

- PANDEIRO = É um pequeno tambor, de pele fina. Os cimbaletes pequenos são colocados para fora na borda do instrumento. Prende-se com uma mão, e com a outra, principalmente utilizando os dedos fazem-se os ritmos.

- ATABAQUE = É geralmente feito de madeira de lei como o Jacarandá, Cedro ou Mogno cortado em ripas largas e presas umas às outras com arcos de ferro de diferentes diâmetros que, de baixo para cima dão ao instrumento uma forma cilíndrica, na parte superior, a mais larga, é colocada "travas" que prendem um pedaço de couro de boi bem curtido e muito bem esticado.

- RECO-RECO = era feito com o fruto da Cabaceira, das que fossem cumpridas, então era serrado, na superfície, fazendo-se vários cortes, não muito profundos, um do lado do outro, onde era esfregada a baqueta. Hoje são feitos de gomos de Bambu ou de madeira.

- AGOGÔ = Instrumento de origem Africana composto de um pequeno arco, uma alça de metal com um "cone" metálico em cada uma das pontas, estes são de tamanhos diferentes, portanto produzindo sons distintos.
                                                     fonte: www.revistacapoeira.com.br

      Juliano comenta sobre alguns rituais do jogo da Capoeira:  como entrar em uma roda, ou então de como “comprar” um jogo de capoeira. E em seguida explica e ensina (ele ensinou?) a fazer os golpes, esquivas e algumas acrobacias;

      Os golpes:
- Golpes frontais, semi-circulares e circulares.
- Meia lua de frente.
- Queixada.
- Armada.
- Meia Lua de compasso.
- Martelo.
- Benção.

      Tipos de esquivas:
- Cocorinha;
- Negativa;
- Rolamento Lateral;
- Fechar a guarda;

      Comentou também sobre algumas acrobacias usadas nas rodas de capoeira:
-Aú;
-Parada de cabeça, parada de mão;
- Macaquinho
- Salto Mortal
- Pião de mão/cabeça

      Após algumas perguntas e comentários, Juliano e Andreia dão inicio as praticas, Andreia faz a demonstração da ginga, depois de alguns golpes e acrobacias (meia-lua de frente/compasso, queixada, chapado, martelo, aú e armada), e todos tentam acompanhar com as instruções dadas pelos professores. Com o final da demonstração de Andreia, Juliano sugere que pratiquem dois a dois, treinando os golpes, acrobacias e esquivas aprendidas. Com todos praticando Andreia e Juliano corrigem o que se pode ser melhorado no desempenho de cada um.
  Ao termino dos “treinos” Andreia e Juliano iniciou uma roda de capoeira, onde todos jogaram contra todos, ao som dos instrumentos que trouxeram, e cantigas de roda, demostrando os golpes e esquivas que aprenderam.
Andreia comenta sobre algumas brincadeira para introduzir a capoeira nas escolas:

-CORTA CANA  = Corta cana, corta cana no canavial x2, eu fugi do capitão do mato!
 Seria um tipo de pega-congela, que o capitão do mato vai ser escolhido inicialmente pelo professor, onde as crianças que forem pegas devem ou fazer um tipo de esquiva, no caso cocorinha, fechar a guarda e etc... e pra descongelar a mesma coisa.

- PEGA CONGELA DA CAPOEIRA  = E Jogar capoeira preste atenção se escorregar bota a mão no chão, e o feitor esta...
Outro tipo de pega congela, no caso ao cantarem a musica todos os alunos devem se abaixar, e o professor deve anunciar o feitor, porem com alguma característica que faça os alunos se olharem para descobrir, então começa o pega pega, e os que forem pegos se esquivam, e para se descongelarem a mesma coisa.

- CARANGUEJINHO TANTAN = Caranguejinho tan tan tan tan, caranguejinho tan tan tan tan, ta com a boca no buraco pega caranguejinho ( com instrumento fica mais atrativo). O professor escolhe um pegador, que terá que pegar todos os seus coleguinhas.

Ao final do encontro, Juliano e Andreia sugerem uma roda de cantigas com os instrumentos, e dão abertura para comentários sobre a oficina, e as 11h40min termina o encontro do Grupo Independente.


ENCONTRO INTERNACIONAL DA CAPOEIRA 2012


Atenciosamente,
Luiza e Melissa.

sábado, 22 de junho de 2013

Relato do dia 18 de junho de 2013 – Formação de professores do Grupo Independente de Educação Física

O encontro iniciou às 9h00 da manhã. O professor Jairo contou como se interessou pelo tema moral infantil e explicou que as reflexões levadas ao Grupo se basearam no livro “O educador e a moralidade infantil – uma visão construtivista”, de Telma Pileggi Vinha.
Iniciamos o encontro com 11 professores. Vários temas que cercam o debate sobre a moralidade apareceram, como o papel da escola. Foi levantado que a escola prepara para a vida pública e nós professores nos deparamos com o conflito entre a escola e a casa (espaço público e privado). Temos que compreender também que a forma como educamos é um reflexo da nossa própria vida.
Professora Adriana diz: “Muitas vezes as atividades que proporcionamos desencadeiam sentimentos e precisamos saber lidar com as emoções que aparecem.” Desta expressão, surgiu a questão do “dia do brinquedo”, pois segundo os professores, é uma importante oportunidade para a relação das crianças com o objeto, que dá abertura para se observar e trabalhar a questão da posse, proporcionando um bom momento de ensino-aprendizagem. Nesses momentos podemos ver a relação das crianças “guiada” pelo egocentrismo. Os professores chamaram atenção que este egocentrismo pode ser percebido em vários adultos, por exemplo no trânsito é comum ver os adultos disputando um espaço, com condutas como: “essa vaga é minha”, “ninguém passa na minha frente”. Para tanto é possível promover a reflexão em momentos como esses, podendo mostrar às crianças que é possível esperar.
Temos que construir as regras com as crianças, não simplesmente impô-las, para que elas entendam e observem que fazem parte do processo da aula. Um exemplo de uma professora presente: quando uma criança bate na outra e usa como argumento “eu bati nele porque ele me bateu”, - antes eu falava “não pode bater”, mas cansei, vi que não adiantava e agindo assim as brigas se repetiam, então troquei o discurso de “não pode” para “por que você bateu?”.
Jairo conta uma atividade em que acontece um conflito entre crianças de 5 anos. As crianças estão no parque, pulando elástico em grupos de quatro, quando, repentinamente, uma bate no rosto de outra e quase que no mesmo momento a abraça e pede desculpas e logo volta à brincadeira com outros amigos, enquanto a que levou o soco continua chorando. Além de apanhar e estar aparentemente sofrendo e sentindo dor, a criança é vítima de empurrões de outros colegas que, ao que parece, não estavam ligados diretamente ao conflito anterior. Jairo conta que em outra aula com o grupo, a fim de trabalhar o que ocorreu, levou às crianças por meio de personagens (animais como zebra, burro...) a reconstrução do fenômeno. Ele nos diz que elas prestaram muita atenção à história contada e se identificaram e identificaram seus amigos, finalizando com uma reflexão sobre as ações expressadas.
Outro relato que surgiu foi sobre as crianças que necessitam mais atenção e acabam “passando dos limites” para manifestar isso. Há necessidade de ser enérgico com essas crianças em certos momentos e logo proporcionar uma situação para refletir e explicar o “porquê” do posicionamento. Necessitando também de uma autorreflexão sobre as atitudes autoritárias, lançar perguntas como: será que isso traumatiza as crianças? E tentar respondê-las.

Encerramos as discussões aproximadamente às 12h00 horas. O próximo encontro seria para avaliação do Grupo Independente, porém como o debate deste dia (18/06) não se esgotou, iremos continuar no dia 02 de julho e se tivermos tempo será realizada a avaliação semestral.

Para tanto, foi decidido na reunião que no próximo encontro os professores compartilharão situações onde abordem conflitos do dia a dia nas instituições, para assim continuarmos o debate sobre moralidade infantil.


Para auxiliar nos estudos sobre moral infantil, indicamos o texto de Vigotski, A brincadeira e o seu papel no desenvolvimento psíquico da criança; disponível no link abaixo: 
http://xa.yimg.com/kq/groups/32960205/729519164/


Luiza e Melissa.

domingo, 9 de junho de 2013

Relato dia 14 de maio - Formação da Rede Municipal

A Formação da rede Municipal para os professores de Educação Física que atuam na da Educação Infantil, do dia 14 de maio, iniciou as 08h40min com o Professor Alexandre Vaz dando uma pequena introdução ao que seria debatido. Conversou sobre a intervenção nas aulas práticas e registros das aulas nas unidades e a ideia de inicialmente trabalhar todos juntos em uma dinâmica, para aí sim retirar as problemáticas das aulas.
Para tanto, neste encontro, os professores assistiram ao vídeo da aula da professora Adriana, o material registrou fragmentos de uma aula com atividades circenses oferecido por ela, com a ajuda das professoras de sala, dos grupos envolvidos.

Sobre a aula registrada:
Inicialmente caracterizou-se as crianças com toucas de palhaço, após isso foram fazer atividades no pátio como: brincar na corda bamba, pular em uma pequena cama elástica, pendurar-se em cordas para balançar, brincar com o pé de lata, pular e dar cambalhotas em colchões e pintar-se de palhaço.
Adriana comenta que em suas atividades foram utilizados saltos, rolamentos e o equilíbrio; e que as atividades de circo já faziam parte do contexto de suas aulas, isso facilitou porque as crianças já continham uma experiência prévia.

Debate – sobre a aula – entre os professores presentes:
Após a apresentação do vídeo, o professor Alexandre abriu espaço para comentários sobre o registro da aula, o que mostrou que os outros professores tinham diferentes preocupações: como poderíamos dar atenção igual para todas as crianças? Como se organizar com o tempo e material para as aulas? Como ministrar múltiplas atividades na mesma aula? O professor Alexandre comenta que temos que planejar uma aula com começo, meio e fim, para então saber que tipo de materiais são necessários, como utilizá-los ou construí-los. E que temos que proporcionar atividades que mobilizem o grupo para que a atividade aconteça, o que mostra necessária a organização do tempo para cada atividade. No entanto, precisamos também avaliar possibilidades de propor distintas atividades para diferentes crianças.
Por meio do vídeo, surgiram outros pontos de discussões em relação à dificuldade de se trabalhar a questão do tempo na Educação Infantil, no caso das aulas da rede municipal: 45 minutos/aula ou de outra forma? Há ou não ensino na Educação Infantil? - O tempo se subordina ao conteúdo e não o contrário.
Foi comentado também que, sem outro profissional auxiliando, não aconteceria com êxito a aula. É muito importante os professores trabalharem juntos; os participantes colocaram suas experiências, vinculadas com a parceria – ou falta dela – nas práticas de Educação Física.
É necessário respeitar e entender que as crianças realizam diferentes atividades ao mesmo tempo, rompendo com a perspectiva segundo a qual todos devem fazer a mesma coisa ao mesmo tempo. Quando universalizamos o sujeito, particularizamos o conteúdo: se a criança não desenvolve nada, o ''problema'' é dela.
Segurança:
Gerenciar os materiais de acordo com a periculosidade. E é importante a participação dos outros adultos na divisão de tarefas durante a atividade, mantendo, assim, o desafio, porém com segurança.
Conhecer o grupo e conhecer a si mesmo! Para saber do que “eles”e “nós” somos capazes;
Qual o meu papel para dar segurança? Até que ponto interferimos com a questão da segurança?
Ao final, Adriana diz que ganha muito com o debate, e foram ressaltados alguns detalhes:

Necessidade de Avaliação: quais crianças conseguiram realizar cada atividade?
Diferentes experiências, é possível trabalhar com G5 e G2 ao mesmo tempo?
A mudança de 0, 1 e 2 anos: o desenvolvimento é muito grande;
Preparar-se para fazer as intervenções: vontade de fazer / a professora(r) deve querer muito!!!
Grupos mistos 3 ou 4 de cada turma, uns irão cantar, outros escutar...

O professor de Educação Física passa por todos os grupos, assim acaba tendo o encargo de interagir com todos.

O debate deste encontro trouxe muitos elementos a serem aprofundados. E mostrou a importância de compartilhar as experiencias. Além de contribuir para a professora que ministrou a aula, que recebe as críticas construtivas, proporcionadas pelos diversos olhares; aqueles que assistem, exercem a visão de expectador da aula e adquirem novas ideias, contribuindo assim, para a formação e a área da Educação Física na Educação Infantil.


O encontro encerrou aproximadamente às 11h40min.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Oficina de Capoeira dia 21-05-2013

            No dia 21 de maio às 09 horas, começou a Reunião do Grupo Independente com a oficina de capoeira ministrada pelo Professor Juliano e pela Professora Andréia.
            Eles introduziram o tema, abordando a história da capoeira, comentaram a existência da Capoeira Regional e da Capoeira de Angola e algumas de suas características. Mostraram também vídeos ilustrando cada "tipo" de capoeira, em que se observava o respeito de cada integrante pela sua roda e mestre.
            Andréia lê um texto sobre o Quilombo dos Palmares;
            Capoeira no século XVI, era proibido, então quem a praticava era visto como ''vagabundo'', ''criminoso''. E após sua liberação, ela era sempre que possível apresentada em festas culturais;
            Juliano fala sobre a capoeira regional:
            Mestre Bimba agregou golpes de diferentes lutas, reconhecendo-a como arte marcial. Ao reconhecimento da Capoeira perante a sociedade, Bimba inicia a primeira academia de Capoeira no Brasil.
            Características da Capoeira Regional:
  • Ritmo acelerado;
  • Posturas dos capoeiristas (tronco mais ereto);
  • Golpes rápidos e sequenciados;
  • Acrobacias;
  • Esportivizada, ''ganhando o mundo'';

Juliano mostra um vídeo de uma roda de Capoeira Regional;

            A Capoeira Angola só existiu após a criação da Capoeira Regional. Foi criada pelo Mestre Vicente Ferreira Pastinha.
Características da Capoeira Angola:
  • Ritmo mais lento;
  • Movimentos com as mãos no chão;
  • ''Chamadas'';
  • Malandragens/mandingas;
  • Mais espontânea;
Juliano questiona: o que seria a Capoeira? Luta, jogo ou dança?
Os professores presentes respondem que seria a junção dos três juntos e que depende do enfoque que as pessoas presentes na roda dão a ela.
Como se apropriar da Capoeira na Escola/Creche/NEIs?
E a Capoeira “espetáculo”? E a Capoeira “cultural”?
            Os professores, dizem ser importante levar a Capoeira para as crianças com a tradição e a história dela, principalmente para o G5 e G6.
            Do G4 para baixo, trabalhar mais a musicalidade, o ritmo...
Como apresentar para as crianças a Capoeira? A criança deve saber a história? Todo o contexto?
            Temos que ter atenção para trabalhar elementos da cultura popular de forma não academicista.

            Ao terminar a apresentação teórica e discussão trazida pelos professores Juliano e Andreia, descemos para a “sala de movimento” do CEC, onde foram apresentados instrumentos utilizados em uma roda de Capoeira: berimbau, tambores que  substituíram o som do atabaque, pandeiro e agogô. Foi realizada uma roda em que os professores experimentaram cada instrumento, acompanhados de diferentes coros como o “Moleque é tu'' (Domínio Público- Capoeira de Angola). Depois de aprender alguns rituais da roda de Capoeira, os professores ensinaram os movimentos da ginga e alguns golpes. Foi um momento de diversão e interação entre os professores que realizaram a atividade em duplas, som da Capoeira Angola, enquanto os responsáveis pela oficina observavam e auxiliavam na execução dos movimentos.

            Encerrada a oficina de Capoeira do dia 21 de maio, a próxima ficou marcada para 04 de junho.


Luiza e Melissa