No dia 21
de agosto de 2012, às 09h e 15min, teve início o Encontro do Grupo de Estudos
Independente da Educação Física na Educação Infantil. Ele contou com a presença
de doze (12) professores, bem como de uma bolsista do Núcleo de Estudos e
Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq). O Encontro tinha como
pauta o relato de experiência da professora Adriana sobre cirandas nos momentos
de Educação Física na Educação Infantil.
Adriana
trouxe em powerpoint um pouco sobre o
projeto Dança que realiza no NEI Carianos,
com cantos, jogos dançantes/danças em rodas (cirandas), boi-de-mamão. Para esse
encontro foi tratado em específico o tema das cirandas.
A Professora
organiza as aulas de Educação Física para ficar meio período (manhã ou tarde)
com cada grupo, quando necessário realiza propostas para duas (2) horas somente,
mas isso ocorre eventualmente. Por serem nesse formato as práticas, Adriana se integra
também nas demais rotinas das crianças como higiene, alimentação e sono.
Os
objetivos do trabalho com dança são, segundo a Professora por ser tal prática
passível de exploração do sentido expressivo e comunicativo do movimento, é possível desenvolver juntamente com o grupo uma competência, uma
atividade em comum; promover atividades que tornem possíveis as expressões da
solidariedade, da cooperação, do respeito; realizar apresentações dentro e fora
da instituição.
As
atividades com cirandas são realizadas pelo menos uma vez por mês. Os grupo 2,
3, 4, 5 e 6 realizam práticas com danças desde o início do primeiro semestre e
o grupo 1 a
partir do final dele.
Para
realizar as cirandas são utilizados alguns materiais como, entre outros,
aparelho de som, microfones, caixas amplificadoras de instrumentos musicais,
chocalhos, tambores, caxixi, berimbau, reco-reco, tamboretes, baquetas, tapetes,
CDs. O espaço é previamente organizado no salão da instituição ou eventualmente
na sala. Antes de levar os pequenos para o local desejado, é conversado sobre a
proposta que será desenvolvida no dia, sempre havendo a assistência de uma ou
duas professoras de sala. Adriana ressalta a importância de outros
profissionais para que a atividade consiga ser realizada.
As
cirandas são precedidas por cantorias, os instrumentos utilizados são dispostos
em um tapete no qual cada criança escolhe um para experimentar e tocar. Nesse
momento são cantadas canções sugeridas pela Professora, outras vezes pelos pequenos.
Com os grupos dos maiores (4, 5 e 6) o trabalho é mais esquemático e eles conseguem
realizar as cirandas mais complexas, enquanto que com os menores (1, 2 e 3) é
mais livre, havendo um reconhecimento dos instrumentos, sons, canções, nem
sempre sendo possível de efetivar a ciranda propriamente dita.
As
músicas são cantadas pela Professora, outras vezes é colocado o CD, as crianças
também ajudam a interpretar canções já conhecidas por eles. Os movimentos já
são estabelecidos por Adriana para cada ciranda que ensina aos grupos.
Foram
mostradas algumas fotos das práticas junto às crianças para que se percebesse ser
um trabalho de longo tempo, contínuo, que começa desde os pequenos e vai até o
grupo 6. Em seguida os professores presentes puderam conhecer alguns dos
instrumentos que são utilizados nas cirandas.
Adriana
teve a preocupação de trazer a sistemática de seus relatos escritos para
podermos pensar em outra forma de documentar, além das fotos. Ela faz
relatórios diários de todas as suas aulas com dados como data, grupo, turno,
professoras presentes; sobre a organização do momento da Educação Física, onde
ocorreu, tempo, materiais utilizados e crianças presentes; destaques da aula
também são registrados, facilitando uma melhor avaliação e reflexão de sua
prática.
Fora ensinadas e dançadas neste dia seis (6)
cirandas, sendo a 1ª – Ta caindo fulô, 2ª – Pinga chuva, 3ª – Pé de nabo, 4ª –
Sai Preá, 5ª – Caranguejo, 6ª Ciranda do anel, 7ª – Cirandeiro. Todos os presentes participaram e demonstraram
bastante interesse nessa prática. Devido tamanho sucesso, ficou combinado que
no próximo encontro do GI haverá uma oficina para aprender a tocar alguns
instrumentos mostrados no encontro e outros que possibilitem levar para mais
próximo da realidade da Educação Física a dança, o ritmo.
Cirandas:
1ª – Ta
caindo fulô:
Senhor
capitão, onde me mandar eu vou; (2x)
No
palácio da rainha nasceu um galho de fulô
Refrão:
Ta caindo
fulô, eô;
Ta caindo
fulô, ea;
Ta caindo
fulô, eô;
Ta caindo
fulô, ea;
Lá no céu
cá na terra ê ta caindo fulô; (2x)
Lá na rua
de baixo, lá no fundo da rota;
A polícia
me prende olêlê, a rainha me solta;
Refrão
2ª –
Pinga Chuva:
Pinga
chuva, pinga chuva;
Hoje
brilha o sol;
Nuvens
dançam, nuvens dançam;
Hoje
brilha o sol;
Vento
voa;
Hoje
brilha o sol;
3ª – Pé
de Nabo:
Ser assim
é uma delícia,
Desse
jeito como eu sou,
De outro
jeito dá preguiça,
Sou assim
pronto e acabou.
A comida
de costume,
Como bem
e não regulo,
Mas tem
sempre alguns legumes,
Que eu
não sei como eu engulo.
Brincadeira,
choradeira,
Pra quem
vive uma vida inteira,
Mentirinha,
falsidade,
Pra quem
vive só pela metade.
Quando
alguém me desaponta,
Paro tudo
e dou um tempo,
Dali a
pouco eu me dou conta,
Que
ninguém é cem por cento.
Seja um
príncipe ou um sapo,
Seja um
bicho ou uma pessoa,
Até mesmo
um pé-de-nabo,
Tem
alguma coisa boa.
4ª – Sai
Preá
Sai sai
sai ó preá, saia da lagoa,
Sai sai
sai ó preá saia da lagoa,
Põe uma
mão na cabeça outra na cintura,
Dá um
remelexo no corpo,
Dá um
abraço no outro
5ª –
Caranguejo:
O siri e
o caranguejo,
São dois
bichos engraçados,
O siri
quer ser sargento caranguejo o delegado,
Mas não
pode;
Com o pé,
com o pé com o pé,
Com a
mão, com a mão, com a mão,
Aproveita
minha gente pra dançar nesse salão
Que tá
tão bão.
6ª –
Ciranda do Anel
Perdi meu
anel no mar
não pude mais encontar
E o mar, me trouxe a concha,
de presente prá me dar.
Perdi meu anel no mar...
Olha a ciranda!
É debaixo do sol...
É debaixo da lua...
Bem no meio da praia,
bem no meio da rua.
Pé esquerdo prá fente,
pé esquerdo prá trás
Olha a onda do mar na
minha mão,
eu vou fazer uma onda do
mar.
É o peixinho que pula sem parar,
mergulhando no azul da
onda do mar.
É a ciranda do anel que eu
vou dançar,
até o dia clarear.
Uma vez chorei na praia,
prá um anel que se perdeu
Meu anel que virou concha,
nunca mais apareceu.
Parou na goela da baleia,
ou foi pro dedo da sereia,
ou quem sabe um pescador
encontrou o anel,
e deu pro seu amor
não pude mais encontar
E o mar, me trouxe a concha,
de presente prá me dar.
Perdi meu anel no mar...
Olha a ciranda!
É debaixo do sol...
É debaixo da lua...
Bem no meio da praia,
bem no meio da rua.
Pé esquerdo prá fente,
pé esquerdo prá trás
Olha a onda do mar na
minha mão,
eu vou fazer uma onda do
mar.
É o peixinho que pula sem parar,
mergulhando no azul da
onda do mar.
É a ciranda do anel que eu
vou dançar,
até o dia clarear.
Uma vez chorei na praia,
prá um anel que se perdeu
Meu anel que virou concha,
nunca mais apareceu.
Parou na goela da baleia,
ou foi pro dedo da sereia,
ou quem sabe um pescador
encontrou o anel,
e deu pro seu amor
7ª –
Cirandeiro
O
cirandeiro, o cirandeiro ó,
A pedra
do teu anel brilha mais do que o sol. (2x)
Mandei
fazer uma casa de farinha bem maneirinha que o vento possa levar,
Oi passa
o sol oi passa a chuva, oi passa o vento,
Só não
passa o movimento do cirandeiro a rodar.
O
cirandeiro, o cirandeiro ó,
A pedra
do teu anel brilha mais do que o sol. (2x)
Alguns dos instrumentos utilizados nas cirandas. |
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