No dia 09 de agosto de 2011, às 08h e 25min, teve início o Encontro de Formação Continuada da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. O encontro contou com a presença de 20 professores, bem como de duas bolsistas do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq).
O encontro foi coordenado por Alexandre Fernandez Vaz e teve como tema o planejamento. O professor iniciou sua fala comentando sobre os dois tipos de planejamento, o chamado planejamento participante, em que todos estão no mesmo plano de participação na construção deste; e o planejamento mais diretivo, em que se supõe uma hierarquização sobre a participação efetiva ao planejar – caso das unidades educativas infantis. Ele comentou também que segundo o modelo tradicional da Educação Física (EF), o ano letivo é dividido, em sua maioria, por bimestres e as aulas de EF em aquecimento, parte principal e volta calma.
Partindo desta sua fala, o Professor Alexandre perguntou aos outros professores de que forma eles planejavam. Foram expostas diversas formas de planejamento e critérios utilizados para ele. Os professores comentaram que primeiramente realizam uma sondagem da turma, vista por eles como algo de extrema importância, já que é a partir desta que poderão identificar as características, interesses e “problemas” da turma, fazendo seu planejamento a partir desses elementos.
Alguns professores comentaram que fazem seu planejamento através de projetos coletivos com temas geradores, este planejamento é realizado semanalmente e guiado por registros das aulas anteriores. Foi destacado também que não se deve fazer apenas o que as crianças gostam, mas sim permitir que elas experimentem novas coisas.
Outro ponto lembrado pelos professores, como de importância na construção do planejamento, é a relação entre o professor de EF e o professor de sala, como as divergências nas concepções de educação podem favorecer ou não o bom planejamento. Segundo disseram, o plano deve ser flexível, e apesar de a criança não estar realizando a atividade exatamente como se havia pensando, isso não significa que seus objetivos não estejam sendo alcançados. Foi salientado também que é importante considerar as questões de aprendizagem e desenvolvimento da criança, não significando isso a elaboração de um planejamento etapista.
Foi ressaltado durante o encontro que os professores devem sempre procurar ampliar seu repertório de conhecimento e não apenas exigir isso da criança – o primeiro é geralmente pré-requisito para o segundo.
Durante esses levantamentos e destaques realizados pelos professores, o professor Alexandre foi acrescentando alguns pontos importantes, como por exemplo, a importância de se planejar. Ele afirmou que as dificuldades de planejamento existem, assim como imprevistos durante sua realização, no entanto, quanto melhor planejada e pensada a aula, mais facilidade o professor terá em desviar dos obstáculos, sem fugir de seu objetivo. Destaca em diversos momentos que a pretensão do adulto é diferente da pretensão da criança, apesar de, por vezes, elas coincidirem na prática. Fica desta forma claro que nem sempre o que o adulto espera irá acontecer, não significando que a criança não está aprendendo.
O Professor afirmou que os adultos, frequentemente, conhecem mal as crianças, que apesar de afirmarem repetidas vezes que as crianças não são adultos em miniatura, ainda se surpreendem muito com a inteligência e capacidade das mesmas. No fundo, espera-se que as crianças pensem menos que os adultos e o planejamento em sua maioria é realizado não para uma criança, mas sim para um adulto, partindo das suas expectativas. Cabe aí pergunar o que é mais importante: o processo ou o produto?
De acordo com Alexandre, a instituição de ensino tem, entre outras, a função de preparar a criança para a vida pública. Desta forma, é importante uma ampliação de seus saberes, partindo sempre do que elas já trazem de conhecimento. Entende que a criança em um primeiro momento pode não se dispor a experimentar algo diferente, acreditando que não irá gostar, o professor deve então insistir para que ela experimente, já que o gosto da criança tem que ser um critério para a escolha do saber a ser trabalhado, mas não o único, tampouco o principal.
A partir destes apontamentos iniciou-se a discussão sobre quais critérios devem ser utilizados para delimitar os saberes a serem trabalhados, já que é fundamental para um bom planejamento tê-los claramente, além de realizar uma boa análise de conjuntura. Desta forma, é importante saber cruzar tempo, lugares e saberes (sabendo como se dá cada um destes elementos). É necessário que o professor saiba que o tempo cronológico não faz sentido para a criança e que ela o pensa diferentemente dos adultos. Para um bom planejamento deve-se ter metas e objetivos bem definidos.
Outro ponto bastante destacado foi a busca pelo equilíbrio entre as demandas da Educação Infantil e a formação do professor, sendo muitas vezes necessário que o professor faça uma formação complementar ou busque outras maneiras de suprir tais demandas. Também é importante que o planejamento seja detalhado, desta forma, o professor poderá observar de antemão algumas incoerências em seu planejamento. Permite também que ele considere o quanto sabe sobre aquele determinado assunto, já que, por muitas vezes as afirmações genéricas muitas vezes escondem aquilo que o professor não sabe.
O encontro encerrou-se com comentários referentes à importância de um currículo específico para EF na Educação Infantil, já que na formação, os professores aprendem muito sobre o que não fazer e pouco sobre o que deve ser trabalhado com essa etapa da educação. Concluiu-se que é preciso mais pesquisas relacionadas ao tema, para subsidiar a construção de um currículo que oriente de forma mais segura o trabalho pedagógico.
O encontro foi coordenado por Alexandre Fernandez Vaz e teve como tema o planejamento. O professor iniciou sua fala comentando sobre os dois tipos de planejamento, o chamado planejamento participante, em que todos estão no mesmo plano de participação na construção deste; e o planejamento mais diretivo, em que se supõe uma hierarquização sobre a participação efetiva ao planejar – caso das unidades educativas infantis. Ele comentou também que segundo o modelo tradicional da Educação Física (EF), o ano letivo é dividido, em sua maioria, por bimestres e as aulas de EF em aquecimento, parte principal e volta calma.
Partindo desta sua fala, o Professor Alexandre perguntou aos outros professores de que forma eles planejavam. Foram expostas diversas formas de planejamento e critérios utilizados para ele. Os professores comentaram que primeiramente realizam uma sondagem da turma, vista por eles como algo de extrema importância, já que é a partir desta que poderão identificar as características, interesses e “problemas” da turma, fazendo seu planejamento a partir desses elementos.
Alguns professores comentaram que fazem seu planejamento através de projetos coletivos com temas geradores, este planejamento é realizado semanalmente e guiado por registros das aulas anteriores. Foi destacado também que não se deve fazer apenas o que as crianças gostam, mas sim permitir que elas experimentem novas coisas.
Outro ponto lembrado pelos professores, como de importância na construção do planejamento, é a relação entre o professor de EF e o professor de sala, como as divergências nas concepções de educação podem favorecer ou não o bom planejamento. Segundo disseram, o plano deve ser flexível, e apesar de a criança não estar realizando a atividade exatamente como se havia pensando, isso não significa que seus objetivos não estejam sendo alcançados. Foi salientado também que é importante considerar as questões de aprendizagem e desenvolvimento da criança, não significando isso a elaboração de um planejamento etapista.
Foi ressaltado durante o encontro que os professores devem sempre procurar ampliar seu repertório de conhecimento e não apenas exigir isso da criança – o primeiro é geralmente pré-requisito para o segundo.
Durante esses levantamentos e destaques realizados pelos professores, o professor Alexandre foi acrescentando alguns pontos importantes, como por exemplo, a importância de se planejar. Ele afirmou que as dificuldades de planejamento existem, assim como imprevistos durante sua realização, no entanto, quanto melhor planejada e pensada a aula, mais facilidade o professor terá em desviar dos obstáculos, sem fugir de seu objetivo. Destaca em diversos momentos que a pretensão do adulto é diferente da pretensão da criança, apesar de, por vezes, elas coincidirem na prática. Fica desta forma claro que nem sempre o que o adulto espera irá acontecer, não significando que a criança não está aprendendo.
O Professor afirmou que os adultos, frequentemente, conhecem mal as crianças, que apesar de afirmarem repetidas vezes que as crianças não são adultos em miniatura, ainda se surpreendem muito com a inteligência e capacidade das mesmas. No fundo, espera-se que as crianças pensem menos que os adultos e o planejamento em sua maioria é realizado não para uma criança, mas sim para um adulto, partindo das suas expectativas. Cabe aí pergunar o que é mais importante: o processo ou o produto?
De acordo com Alexandre, a instituição de ensino tem, entre outras, a função de preparar a criança para a vida pública. Desta forma, é importante uma ampliação de seus saberes, partindo sempre do que elas já trazem de conhecimento. Entende que a criança em um primeiro momento pode não se dispor a experimentar algo diferente, acreditando que não irá gostar, o professor deve então insistir para que ela experimente, já que o gosto da criança tem que ser um critério para a escolha do saber a ser trabalhado, mas não o único, tampouco o principal.
A partir destes apontamentos iniciou-se a discussão sobre quais critérios devem ser utilizados para delimitar os saberes a serem trabalhados, já que é fundamental para um bom planejamento tê-los claramente, além de realizar uma boa análise de conjuntura. Desta forma, é importante saber cruzar tempo, lugares e saberes (sabendo como se dá cada um destes elementos). É necessário que o professor saiba que o tempo cronológico não faz sentido para a criança e que ela o pensa diferentemente dos adultos. Para um bom planejamento deve-se ter metas e objetivos bem definidos.
Outro ponto bastante destacado foi a busca pelo equilíbrio entre as demandas da Educação Infantil e a formação do professor, sendo muitas vezes necessário que o professor faça uma formação complementar ou busque outras maneiras de suprir tais demandas. Também é importante que o planejamento seja detalhado, desta forma, o professor poderá observar de antemão algumas incoerências em seu planejamento. Permite também que ele considere o quanto sabe sobre aquele determinado assunto, já que, por muitas vezes as afirmações genéricas muitas vezes escondem aquilo que o professor não sabe.
O encontro encerrou-se com comentários referentes à importância de um currículo específico para EF na Educação Infantil, já que na formação, os professores aprendem muito sobre o que não fazer e pouco sobre o que deve ser trabalhado com essa etapa da educação. Concluiu-se que é preciso mais pesquisas relacionadas ao tema, para subsidiar a construção de um currículo que oriente de forma mais segura o trabalho pedagógico.
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