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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Relato do dia 20 de Agosto de 2013 – Formação de Professores do Grupo Independente de Educação Física



No dia 20 de agosto de 2013, às 9 horas, teve início o Encontro do Grupo Independente de Professores de Educação Física da Rede Municipal de Florianópolis.
O encontro contou com a presença de sete (7) professores, bem como de três bolsistas da UFSC. Este encontro teve como pauta principal a continuação do relato e discussões sobre avaliação da Educação Física e a determinação de critérios desta na avaliação na Educação Infantil.
            O primeiro momento do encontro foi destinado à continuação das apresentações dos procedimentos de avaliação dos Professores, já buscando identificar os critérios existentes dentro dessas avaliações, que possam formar um conjunto de a ser definido para termos uma avaliação com mais qualidade, seja ela coletiva ou individual.
        A primeira Professora a apresentar, Clarice, primeiramente fala sobre as características do grupo, fazendo uma avaliação coletiva, e após faz os relatos individuais dos alunos. Relata fazer a avaliação individual, pois tem poucos alunos, porém se tivesse uma quantidade maior, como a maioria dos Professores do Grupo, ela não conseguiria. Contudo não se sente satisfeita na qualidade dos seus registros individuais.
        Durante a apresentação da avaliação da Professora Clarisse, surgiu a sugestão da criação de uma Oficina de Brincadeiras, pois a Professora relatou as atividades trabalhadas com os alunos, e uma brincadeira chamada “Mosca Solitária” Nota explicando a brincadeira, nota remetendo à bibliografia sobre brincadeiras (Verificar como é a Brincadeira.) foi desenvolvida com as crianças, porém os Professores do Grupo não conheciam. Surgiram, então, os critérios que estavam presentes na avaliação: o objetivo da EF, o interesse, a participação da criança, o desenvolvimento.
        A professora Adriana complementa falando sobre o livro que está lendo, “A Ética na Educação Infantil – O ambiente sócio-moral na escola”, de Rheta De Vries & Betty Zan. Onde questiona: será que conseguimos observar o que as crianças pensam sobre os outros? Ou o que as crianças pensam sobre regras moral? Piaget define estágios morais da criança. Não para julga-la, mas sim para ajuda-la a ultrapassar o estágio em que está Assim qualificando a forma de observar as crianças.
                A Professora Verônica coloca a questão de qual a obrigação da EF ao fazer a Avaliação. O que a Secretaria Municipal de Educação solicita como requisitos para a elaboração das avaliações da EF na EI? Questões essas que estamos buscando as respostas.
A Professora Adriana complementa que tivéssemos em conta a questão do que foi desenvolvido, o que ajudou a criança, não apenas as valências físicas, mas também valores morais e éticos.
        A Profª Verônica defende que o registro individual deva ser feito, quando o Professor achar necessário e não como um requisito obrigatório para todas as crianças. Tendo em conta, o alto número de crianças que muitos professores de EF atendem e a pouca frequência de encontros com as mesmas. Essa avaliação individual poderá ser feita (como alguns professores já vem fazendo) em conversas individuais com os pais das crianças). A professora sugere, também a utilização de um caderno de registro da sala, onde todas as professoras possam escrever ou comentar o trabalho de ambas e um de uso pessoal do professor de EF, onde ele possa anotar suas observações pessoais, sobre as aulas e as crianças.
        A Professora Andrea apresentou algumas perguntas que fez às professoras de sala da sua instituição, para observar critérios que elas utilizam para avaliar os alunos, verificado que alguns não são possíveis de se utilizar para a EF, pois estão relacionados com o cotidiano das crianças.  Pois são percepções que somente quem está dia-a-dia com elas consegue-se observar e avaliar.
        A Professora Andrea enfrenta um problema em relação às avaliações, pois sua nova supervisora quer que ela faça uma avaliação de um modo diferente do que vem apresentando há anos. Onde faz sua avaliação junto com o caderno de vivência dos alunos, onde os pais podem acompanhar as aulas de EF no caderno dos seus filhos, como também nos murais que a Professora faz pela Escola sobre as aulas que aconteceram. Porém a Supervisora solicitou que a Professora fizesse avaliação em forma de texto, como a foi solicitado a maioria dos professores, esse formato de papel burocrático, que discutimos nesse encontro.
        Já a Professora Adriana, em sua apresentação, mostrou que faz avaliações coletivas, detalhando o objetivo das aulas, como foram feitas as atividades e como o grupo se desenvolveu com elas.
        A Professora Verônica também faz suas avaliações coletivas, também detalha o que foi trabalhado durante o semestre e apresenta o que será trabalhado no futuro, dando uma projeção as atividades.
        A Professora Elaine, apresentou sua avaliação, que também é coletiva, parecida com a avaliação das professoras Verônica e Adriana, apresentando as características do grupo, as atividades trabalhadas, objetivos e desenvolvimento das crianças.
        O Professor Juliano apontou uma questão importante, a autonomia das instituições em relação ao PPP. Que é preciso ter um entendimento entre os Professores e as Instituições (Supervisores). Onde as Instituições, independentemente da forma que o Professor trabalha, dessem apoio aos Professores e não ficar em conflito, como acontece em algumas instituições.
        A Professora Clarice complementa dizendo que antigamente se fazia avaliações em forma de poesia, vídeos, de várias formas. E que a discussão desse encontro seja a criação de critério de orientação para uma avaliação com mais qualidade. E não que seja algo burocrático, completa a Professora Adriana.
        Nessa avaliação não é para ter uma padronização na escrita, mas ter critérios para avaliar. Pode ser feita de várias formas, mas que tenha esses critérios que os Professores do Grupo Independente estejamos em um comum acordo.
        Talvez não seja necessário que se tenha que descrever e avaliar as crianças individualmente. Mas termos isso para o nosso planejamento, que seja pessoal. Caso os pais tiverem interesse em saber como seu filho desempenha nas aulas de EF, que venha procurar o professor.
        Que não seja cobrado do Professor avaliar se a criança corre bem ou mal. Isso é uma burocracia, um protocolo, que está sendo exigido. Essa exigência esta fundamentada no que? É preciso fazer um estudo detalhado que nos ajudem a melhorar as avaliações. Como também existe o desafio de avaliar crianças que não participam das aulas.
        A Professora Clarice complementa que a Educação Infantil não possui uma progressão, que teoricamente não tem que fazer nenhuma avaliação, pois não temos que avaliar se a criança é capaz de passar adiante, não é um produto final. A Professora Andreia complementa que o importante é o processo, o que aconteceu, os materiais. E não fazer juízo de valor, como disse a Professora Clarice. A Professora Verônica afirma que o importante é a experiência, do que as crianças já brincaram, participaram.
        A Professora Adriana termina o debate, concluindo que há varias formas de compor uma avaliação. Que essa avaliação tem que ser de acordo com a forma que o professor trabalha. Que gostaríamos que as supervisoras se tornassem nossas parceiras, para juntos conseguirmos fazer uma avaliação com mais qualidade. E não que essa avaliação seja colocada de cabeça para baixo.
        Temos dúvidas sobre as avaliações individuais, mas, que nos uníssemos para tentar resolver a questão. E que a avaliação não seja algo burocrático, protocolado, mas que cada professor possa avaliar da sua forma, porém com uma orientação de critérios que tentamos encontrar.

Critérios de Avaliação: Objetivo, Interesse, Participação, Desenvolvimento, Frequência de Aula, Valências Físicas, Valores Morais e Valores Éticos.

        Encerramos as discussões um pouco após às 12 horas. O próximo encontro (10 de setembro) será o encontro em que os Supervisores das Instituições serão convidados a participar.

Complemento:

Trata-se de uma cartilha bem objetiva e simples que pode auxiliar em algumas questões reflexivas sobre o que discutimos. Principalmente com referência aos objetivos da prática da EF Escolar e suas formas de avaliação, bem como apresentar alguns subsídios para embasar argumentos mais concretos junto às Supervisoras.



Karoliny, Luiza e Gabriel.

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