No dia 14 de junho de 2011, às 08h e 25min, deu-se início ao encontro de Formação da Rede Municipal Educação de Florianópolis. Ele foi coordenado pela Professora Michelle e contou com a participação de onze professores da rede, bem como de uma bolsista do Núcleo de Estudo e Pesquisas (CNPq).
Michelle iniciou o encontro com a pergunta: conteúdos e práticas da Educação Física na infância: ensinamos? Houve uma recapitulação de alguns pontos discutidos no encontro anterior, quando foram debatidos aspectos das Diretrizes, como, entre outros, a função social da Educação Infantil, o caráter da docência, os Núcleos de Ação Pedagógica. Foram discutidas questões que fundamentam as diretrizes como a autonomia, a responsabilidade, a solidariedade e o respeito ao bem comum. Segundo Michelle, para se ver a autonomia, é preciso heteronomia (reflexão desenvolvida pelo filósofo Kant). Com isso é possível observar a importância do adulto na vida da criança como um mediador, educador, professor, que deve agir intencionalmente.
Uma questão que o grupo levantou foi a importância de se garantir uma formação integral para a criança. Foi então comentado que os professores devem trabalhar de forma integrada e ter consciência que todos são responsáveis pela formação daquele ser. Uma das professoras acrescentou que as crianças são heterogêneas, de forma que o professor deve observar a forma mais eficiente e proveitosa para educar os pequenos. Caso necessário deve-se separar as crianças em pequenos grupos, diferenciar os graus de dificuldades e trazer diferentes propostas para as aulas.
Referindo-se à heterogeneidade das crianças, outra professora ressaltou que a cada momento o profissional deve agir de maneira diferente, estar bem atento e atender a todas as demandas das crianças, lidar com os conflitos – exemplos dados foram as disputas pelos mesmos brinquedos e a mordida no colega de grupo, que resulta em uma exaustão tanto física quanto psíquica, já que em poucos segundos o professor passa por variadas emoções, decisões e geralmente está só, ou com apenas um auxiliar de sala para um grupo com quinze crianças.
A partir dessa colocação, levantou-se a importância de se trabalhar em conjunto, de haver uma parceria com os outros professores e com a instituição. Para que essa seja sincronizada, é importante um trabalho a longo prazo. Não só nas aulas de Educação Física da Educação Infantil, mas em geral, muitas vezes há uma falta de cooperação entre os profissionais predominando uma relação de disputa e tensão. Faz-se necessário entender que todos são responsáveis pela educação e por procurar uma política voltada para o “nosso” e não para o “meu”. Michelle nos atenta que no ambiente educativo deve-se ter uma postura profissional, distinta daquela da vida doméstica, inclusive cuidando com aspectos como se vestir, ter uma postura e falar de maneira adequada para o local.
Após breve intervalo, foi tratada a importância da organização do espaço e do material utilizado nas aulas. Deve haver uma conscientização e educação das crianças para que tenham o cuidado de preservar, recolher e guardar os brinquedos. Os professores devem propiciar um lugar que seja agradável, convidativo, limpo e organizado, tendo maior qualidade e possibilidade de brincadeiras. Michelle acrescenta dizendo que o espaço é o terceiro educador e que se deve pensar, sim, na estética do lugar!
Outra questão bem pertinente que foi discutida é qual o critério para avaliar as crianças na aula de Educação Física. Um professor comentou e pediu a opinião do grupo sobre o instrumento que ele criou, um questionário direcionado às crianças, com algumas perguntas bem simples sobre as aulas de Educação Física, para cujas respostas eram oferecidas, para assinalar, carinhas de smiles. Outra professora questionou as observações e registros que são feitas durante as aulas, além do parecer que é enviado aos pais sobre o aprendizado de seu filho. Que critérios são esses que caracterizam uma criança em bem ou mal desenvolvida? Não devemos fazer juízo de valor, mas situar cada criança e sua evolução dentro das atividades propostas, perceber o que ela não realizava e agora faz individualmente, não comparando ou homogeneizando-as.
Registros fotográficos têm uma grande importância para a avaliação, podem dizer muito com apenas uma imagem, tendo que ser mais aprimorados, segundo o grupo. Michelle complementa falando que a avaliação é uma problemática da própria área da Educação Física.
O encontro continuou com a explanação dos assuntos contidos no Power Point, como conteúdos, currículos, metodologia, avaliação na Educação Física. Qual o papel e lugar dos professores na Educação Infantil? O que ensinamos como professores de Educação Física da Educação Infantil? Parece importante não apenas problematizar a questão do tempo da Educação Física na Educação Infantil, mas também nos perguntarmos sobre o que acorre nos interstícios dos tempos que marcam os momentos da Educação Física nessa etpa de educação.
Surgiu então a discussão do papel de formador do professor, devendo haver a intencionalidade nas atividades e mediação por parte dele, ampliando as possibilidades de aprendizado. A organização algo fundamental para a legitimidade das aulas de Educação Física.
Acerca do papel da escola na contenção do corpo sabemos que a Educação Física pode propiciar uma liberdade maior para o corpo, e o corpo solto “amedronta”, entra em questão a segurança e o professor como mediador. Algo que se nota atualmente é a pouca vivência corporal dos professores/as que trabalham junto às crianças.
Michelle finalizou o encontro questionando: em que situações de nossa prática encontramos eco nos Núcleos de Ação Pedagógica? Em que medida eles nos auxiliam na delimitação dos conteúdos/conhecimentos a serem tratados no tempo/espaço da Educação Física na Educação Infantil?
Michelle iniciou o encontro com a pergunta: conteúdos e práticas da Educação Física na infância: ensinamos? Houve uma recapitulação de alguns pontos discutidos no encontro anterior, quando foram debatidos aspectos das Diretrizes, como, entre outros, a função social da Educação Infantil, o caráter da docência, os Núcleos de Ação Pedagógica. Foram discutidas questões que fundamentam as diretrizes como a autonomia, a responsabilidade, a solidariedade e o respeito ao bem comum. Segundo Michelle, para se ver a autonomia, é preciso heteronomia (reflexão desenvolvida pelo filósofo Kant). Com isso é possível observar a importância do adulto na vida da criança como um mediador, educador, professor, que deve agir intencionalmente.
Uma questão que o grupo levantou foi a importância de se garantir uma formação integral para a criança. Foi então comentado que os professores devem trabalhar de forma integrada e ter consciência que todos são responsáveis pela formação daquele ser. Uma das professoras acrescentou que as crianças são heterogêneas, de forma que o professor deve observar a forma mais eficiente e proveitosa para educar os pequenos. Caso necessário deve-se separar as crianças em pequenos grupos, diferenciar os graus de dificuldades e trazer diferentes propostas para as aulas.
Referindo-se à heterogeneidade das crianças, outra professora ressaltou que a cada momento o profissional deve agir de maneira diferente, estar bem atento e atender a todas as demandas das crianças, lidar com os conflitos – exemplos dados foram as disputas pelos mesmos brinquedos e a mordida no colega de grupo, que resulta em uma exaustão tanto física quanto psíquica, já que em poucos segundos o professor passa por variadas emoções, decisões e geralmente está só, ou com apenas um auxiliar de sala para um grupo com quinze crianças.
A partir dessa colocação, levantou-se a importância de se trabalhar em conjunto, de haver uma parceria com os outros professores e com a instituição. Para que essa seja sincronizada, é importante um trabalho a longo prazo. Não só nas aulas de Educação Física da Educação Infantil, mas em geral, muitas vezes há uma falta de cooperação entre os profissionais predominando uma relação de disputa e tensão. Faz-se necessário entender que todos são responsáveis pela educação e por procurar uma política voltada para o “nosso” e não para o “meu”. Michelle nos atenta que no ambiente educativo deve-se ter uma postura profissional, distinta daquela da vida doméstica, inclusive cuidando com aspectos como se vestir, ter uma postura e falar de maneira adequada para o local.
Após breve intervalo, foi tratada a importância da organização do espaço e do material utilizado nas aulas. Deve haver uma conscientização e educação das crianças para que tenham o cuidado de preservar, recolher e guardar os brinquedos. Os professores devem propiciar um lugar que seja agradável, convidativo, limpo e organizado, tendo maior qualidade e possibilidade de brincadeiras. Michelle acrescenta dizendo que o espaço é o terceiro educador e que se deve pensar, sim, na estética do lugar!
Outra questão bem pertinente que foi discutida é qual o critério para avaliar as crianças na aula de Educação Física. Um professor comentou e pediu a opinião do grupo sobre o instrumento que ele criou, um questionário direcionado às crianças, com algumas perguntas bem simples sobre as aulas de Educação Física, para cujas respostas eram oferecidas, para assinalar, carinhas de smiles. Outra professora questionou as observações e registros que são feitas durante as aulas, além do parecer que é enviado aos pais sobre o aprendizado de seu filho. Que critérios são esses que caracterizam uma criança em bem ou mal desenvolvida? Não devemos fazer juízo de valor, mas situar cada criança e sua evolução dentro das atividades propostas, perceber o que ela não realizava e agora faz individualmente, não comparando ou homogeneizando-as.
Registros fotográficos têm uma grande importância para a avaliação, podem dizer muito com apenas uma imagem, tendo que ser mais aprimorados, segundo o grupo. Michelle complementa falando que a avaliação é uma problemática da própria área da Educação Física.
O encontro continuou com a explanação dos assuntos contidos no Power Point, como conteúdos, currículos, metodologia, avaliação na Educação Física. Qual o papel e lugar dos professores na Educação Infantil? O que ensinamos como professores de Educação Física da Educação Infantil? Parece importante não apenas problematizar a questão do tempo da Educação Física na Educação Infantil, mas também nos perguntarmos sobre o que acorre nos interstícios dos tempos que marcam os momentos da Educação Física nessa etpa de educação.
Surgiu então a discussão do papel de formador do professor, devendo haver a intencionalidade nas atividades e mediação por parte dele, ampliando as possibilidades de aprendizado. A organização algo fundamental para a legitimidade das aulas de Educação Física.
Acerca do papel da escola na contenção do corpo sabemos que a Educação Física pode propiciar uma liberdade maior para o corpo, e o corpo solto “amedronta”, entra em questão a segurança e o professor como mediador. Algo que se nota atualmente é a pouca vivência corporal dos professores/as que trabalham junto às crianças.
Michelle finalizou o encontro questionando: em que situações de nossa prática encontramos eco nos Núcleos de Ação Pedagógica? Em que medida eles nos auxiliam na delimitação dos conteúdos/conhecimentos a serem tratados no tempo/espaço da Educação Física na Educação Infantil?
Um comentário:
muito legal a discussao deste dia, pena que nao pude comparece por problemas de saude do meu bb.... abraço a todos
Postar um comentário