Caros colegas, este Blog tem como objetivo servir de ferramenta para os participantes da Formação Continuada dos Professores de Educação Física atuantes na Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis, promovendo através de seu acesso a socialização de materiais e comunicação efetiva entre todos os professores.

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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Relato do dia 23 de setembro de 2014 – Formação de Professores do Grupo Independente de Educação Física

          No dia 23 de setembro de 2014 as 09: 00h aconteceu o Encontro de Formação de Professores do Grupo Independente de Educação Física. O encontro contou com a presença de nove (9) professores, e dois (2) bolsistas da UFSC. Teve como pauta a Avaliação da Educação Física na Educação Infantil, através de apresentação de relatos e experiências e continuidade do trabalho já realizado no ano de 2013.
Nos encontros de 2013 foram construídos critérios de orientações juntamente com o professor Alexandre Vaz durante a Formação Continuada de Professores de EF na Ed. Infantil da Rede de Florianópolis. Os relatórios completos destes esses encontros estão disponíveis neste Blog, no período de outubro de 2013 (site: http://efinfantil.blogspot.com.br/).
Dando continuidade ao ano anterior foram discutidos os relatos de experiência quanto a essa temática, a verificação quanto à aplicação dessas orientações construídas em 2013, e também a sugestão de desafio, de conseguir avaliar individualmente pelo menos um Grupo a cada ano de trabalho.
Para relembrar os critérios construídos no ano anterior, foi elaborada uma síntese dos relatórios dos encontros de 2013 contendo os critérios de orientações e as questões levantadas. Foram encaminhadas com antecedência por e-mail aos professores que participam dos encontros do Grupo Independente, para relembrarem da construção desses critérios.
Algumas questões ainda persistem, como a da dificuldade em avaliar as crianças individualmente e a cobrança das supervisoras e diretoras quanto à avaliação individual. Também foi relatado que os professores substitutos, ACT (temporários), sentem uma grande dificuldade de avaliar nesse modelo, pois não possuem conhecimento específico de cada criança para conseguir avalia-las individualmente, pois estão há pouco tempo nas unidades.
Inicialmente foram apresentados na lousa digital os critérios de orientações elaborados pelo Grupo em parceria com o professor Alexandre Vaz, no ano de 2013. Após a apresentação ocorreram os relatos de experiência e debates sobre as avaliações.
Segue abaixo os critérios e questões orientadoras elaboradas em 2013.

QUESTÕES FUNDAMENTAIS
- O que as Crianças têm a revelar?
- Como se percebe o que as crianças revelam?
- Como documentar o que as crianças revelam?

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO
a) Dependente dos interesses da formação das crianças (Pensar nas crianças, avalia-las é bom para que se formem melhor).
b) Não ligada à promoção para as etapas seguintes (Grupos seguintes).
b) Não ligada a pré-requisitos para ingressarem na etapa seguinte (Esses questionamentos foram apresentados pelo professor Alexandre nos encontros do ano de 2013, e dizem respeito à função da educação infantil, a qual não possui como objetivo verificar o nível de conhecimentos dos alunos, ou pré-requisitos para que as crianças possam ingressar no grupo seguinte).
c) Considerar o que foi “ensinado” (trabalhado).
d) Observar as singularidades em longo prazo.
e) Considerar desenvolvimento e aprendizagem.
f) Processo de equilíbrio entre as propostas práticas consideradas e os critérios a serem avaliados.

QUESTÕES ORIENTADORAS

a) O “bebê” deixa-se tocar com facilidade por um adulto? (Relação corporal)
b) Apresenta desenvoltura para se localizar no espaço e entre brinquedos? (Atividades de circuito, de rodas).
c) Salta? Corre? Lança objetos à distância?
d) Quais atividades de equilíbrio dominam e em que grau? (Estático, dinâmico, superar o medo, com ajuda ou sem ajuda).
e) Resolve situações de conflito, negociando ou agredindo fisicamente e verbalmente?
f) Domina a organização dos jogos e brincadeiras?
g) Dispõe-se a exercer diferentes papéis nas atividades?
h) Toca e deixa-se tocar sem violência?

ORIENTAÇÕES
a)      Pensar em cada Grupo.
b)      Temos que fazer as perguntas certas, do contrário aguardamos respostas que elas não podem dar.
c)      Brincadeiras como ferramentas educacionais. Não se esquecer do objetivo pedagógico nas brincadeiras, não ser apenas brincar por brincar.
d)      Não devemos esperar um ideal de criança universal, mas, sim respeitar as singularidades.

O encontro foi bem produtivo, cada professor apresentou seus modos de avaliar, tanto individual, quanto em grupo. É notório que o modo de avaliar depende de vários fatores, como a questão do número de grupos e crianças, da carga horária do professor, da política das instituições etc.
Um dos pontos importantes do encontro foi quando uma professora discutiu um dos tópicos apresentado nos critérios, o qual informa que não podemos considerar a criança um ser ideal, universal, e complementou que é muito importante conhecer as crianças, saber suas singularidades, para conseguir avalia-la individualmente. Em uma unidade em que trabalha, as professoras de sala realizaram uma anamnese das crianças, e ela como professora de EF quis ter acesso a esse documento tão importante, o qual evidentemente a ajudou a conhecer melhor as crianças e tornar sua avaliação mais completa.
Outro ponto importante foi quanto ao questionamento apresentado por uma das professoras: O que podemos fazer para melhorar, ou conseguir elementos para avaliarmos individualmente as crianças? Diante desse questionamento, os professores pensaram como poderia ser resolvida essa questão. Foram apresentadas soluções de registrar o máximo de informações possível sobre as crianças nas aulas, buscar ajuda em registros anteriores daquela criança, seja semestre, anos, conversar com as professoras de sala, com os pais ou responsáveis.
Outra questão importante acerca da avaliação foi discutir que avaliar individualmente não é apenas apresentar informações sobre a criança, mas sim apresentar questões importantes, significativas sobre a aprendizagem e o desenvolvimento, e que na avaliação é necessário ter uma teorização e relação lógica com o planejamento e os objetivos da Educação Física na Educação Infantil.
Ao final ficou acertada a data para o próximo encontro que será 21/10 e dará continuidade a este tema. Sugeriu-se que cada professor tente registrar o máximo de informações sobre pelo menos uma (1) criança, para iniciarmos uma avaliação individual no próximo encontro.

Referências

Relato do dia 01 de Outubro de 2013. Disponível em <http://efinfantil.blogspot.com.br/2013_10_01_archive.html>.

 

Relato do dia 22 de Outubro de 2013. Disponível em <http://efinfantil.blogspot.com.br/2013/12/relato-do-dia-22-de-outubro-de-2013.html>.



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