No dia 04 de junho às 09 horas, começou a Reunião do Grupo Independente com a Oficina de Capoeira ministrada pelo Professor Juliano e pela Professora Andréia.
Como no ultimo encontro eles abordaram o tema, a historia da capoeira e comentaram suas características distintas, nesse encontro deram ênfase à prática: ginga, nos golpes e esquivas.
Começaram dando a introdução da ginga como base para os movimentos da capoeira, ou seja, como se deve gingar? Juliano comenta que para gingar temos que respeitar o ritmo da musica e os instrumentos utilizados na roda de capoeira.
Então Juliano e Andreia sugerem que todos brinquem com os sons, com os instrumentos que os mesmos trouxeram como:
- BERIMBAL = O berimbau é um arco musical originado de outros arcos de regiões africanas com ocupação banto. A forma atual e o modo de tocar são construções dos afro-descendentes brasileiros. O instrumento é composto pela verga de biriba, corda de aço, cabaça raspada, courão e caro. O courão impede que a corda rache a biriba e o caro é o barbante que ajuda na amarração da corda.
- CAXIXI = Pequena cesta de palha, com fundo de couro, usada como chocalho, preenchida de pedrinhas ou sementes.
- PANDEIRO = É um pequeno tambor, de pele fina. Os cimbaletes pequenos são colocados para fora na borda do instrumento. Prende-se com uma mão, e com a outra, principalmente utilizando os dedos fazem-se os ritmos.
- ATABAQUE = É geralmente feito de madeira de lei como o Jacarandá, Cedro ou Mogno cortado em ripas largas e presas umas às outras com arcos de ferro de diferentes diâmetros que, de baixo para cima dão ao instrumento uma forma cilíndrica, na parte superior, a mais larga, é colocada "travas" que prendem um pedaço de couro de boi bem curtido e muito bem esticado.
- RECO-RECO = era feito com o fruto da Cabaceira, das que fossem cumpridas, então era serrado, na superfície, fazendo-se vários cortes, não muito profundos, um do lado do outro, onde era esfregada a baqueta. Hoje são feitos de gomos de Bambu ou de madeira.
- AGOGÔ = Instrumento de origem Africana composto de um pequeno arco, uma alça de metal com um "cone" metálico em cada uma das pontas, estes são de tamanhos diferentes, portanto produzindo sons distintos.
fonte: www.revistacapoeira.com.br
Juliano comenta sobre alguns rituais do jogo da Capoeira: como entrar em uma roda, ou então de como “comprar” um jogo de capoeira. E em seguida explica e ensina (ele ensinou?) a fazer os golpes, esquivas e algumas acrobacias;
Os golpes:
- Golpes frontais, semi-circulares e circulares.
- Meia lua de frente.
- Queixada.
- Armada.
- Meia Lua de compasso.
- Martelo.
- Benção.
Tipos de esquivas:
- Cocorinha;
- Negativa;
- Rolamento Lateral;
- Fechar a guarda;
Comentou também sobre algumas acrobacias usadas nas rodas de capoeira:
-Aú;
-Parada de cabeça, parada de mão;
- Macaquinho
- Salto Mortal
- Pião de mão/cabeça
Após algumas perguntas e comentários, Juliano e Andreia dão inicio as praticas, Andreia faz a demonstração da ginga, depois de alguns golpes e acrobacias (meia-lua de frente/compasso, queixada, chapado, martelo, aú e armada), e todos tentam acompanhar com as instruções dadas pelos professores. Com o final da demonstração de Andreia, Juliano sugere que pratiquem dois a dois, treinando os golpes, acrobacias e esquivas aprendidas. Com todos praticando Andreia e Juliano corrigem o que se pode ser melhorado no desempenho de cada um.
Ao termino dos “treinos” Andreia e Juliano iniciou uma roda de capoeira, onde todos jogaram contra todos, ao som dos instrumentos que trouxeram, e cantigas de roda, demostrando os golpes e esquivas que aprenderam.
Andreia comenta sobre algumas brincadeira para introduzir a capoeira nas escolas:
-CORTA CANA = Corta cana, corta cana no canavial x2, eu fugi do capitão do mato!
Seria um tipo de pega-congela, que o capitão do mato vai ser escolhido inicialmente pelo professor, onde as crianças que forem pegas devem ou fazer um tipo de esquiva, no caso cocorinha, fechar a guarda e etc... e pra descongelar a mesma coisa.
- PEGA CONGELA DA CAPOEIRA = E Jogar capoeira preste atenção se escorregar bota a mão no chão, e o feitor esta...
Outro tipo de pega congela, no caso ao cantarem a musica todos os alunos devem se abaixar, e o professor deve anunciar o feitor, porem com alguma característica que faça os alunos se olharem para descobrir, então começa o pega pega, e os que forem pegos se esquivam, e para se descongelarem a mesma coisa.
- CARANGUEJINHO TANTAN = Caranguejinho tan tan tan tan, caranguejinho tan tan tan tan, ta com a boca no buraco pega caranguejinho ( com instrumento fica mais atrativo). O professor escolhe um pegador, que terá que pegar todos os seus coleguinhas.
Ao final do encontro, Juliano e Andreia sugerem uma roda de cantigas com os instrumentos, e dão abertura para comentários sobre a oficina, e as 11h40min termina o encontro do Grupo Independente.
ENCONTRO INTERNACIONAL DA CAPOEIRA 2012
Atenciosamente,
Luiza e Melissa.
Caros colegas, este Blog tem como objetivo servir de ferramenta para os participantes da Formação Continuada dos Professores de Educação Física atuantes na Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis, promovendo através de seu acesso a socialização de materiais e comunicação efetiva entre todos os professores.
Sejam bem-vindos !
domingo, 30 de junho de 2013
sábado, 22 de junho de 2013
Relato do dia 18 de junho de 2013 – Formação de professores do Grupo Independente de Educação Física
O
encontro iniciou às 9h00 da manhã. O professor Jairo contou como se
interessou pelo tema moral infantil e explicou que as reflexões
levadas ao Grupo se basearam no livro “O
educador e a moralidade infantil – uma visão
construtivista”,
de Telma Pileggi Vinha.
Iniciamos
o encontro com 11 professores. Vários temas que cercam o debate
sobre a moralidade apareceram, como o papel da escola. Foi levantado
que a escola prepara para a vida pública e nós professores nos
deparamos com o conflito entre a escola e a casa (espaço público e
privado). Temos que compreender também que a forma como educamos é
um reflexo da nossa própria vida.
Professora
Adriana diz: “Muitas vezes as atividades que proporcionamos
desencadeiam sentimentos e precisamos saber lidar com as emoções
que aparecem.” Desta expressão, surgiu a questão do “dia do
brinquedo”, pois segundo os professores, é uma importante
oportunidade para a relação das crianças com o objeto, que dá
abertura para se observar e trabalhar a questão da posse,
proporcionando um bom momento de ensino-aprendizagem. Nesses momentos
podemos ver a relação das crianças “guiada” pelo egocentrismo.
Os professores chamaram atenção que este egocentrismo pode ser
percebido em vários adultos, por exemplo no trânsito é comum ver
os adultos disputando um espaço, com condutas como: “essa vaga é
minha”, “ninguém passa na minha frente”. Para tanto é
possível promover a reflexão em momentos como esses, podendo
mostrar às crianças que é possível esperar.
Temos
que construir as regras com as crianças, não simplesmente impô-las,
para que elas entendam e observem que fazem parte do processo da
aula. Um exemplo de uma professora presente: quando uma criança bate na outra e usa como argumento “eu
bati nele porque ele me bateu”, - antes eu falava “não pode
bater”, mas cansei, vi que não adiantava e agindo assim as brigas
se repetiam, então troquei o discurso de “não pode” para “por
que você bateu?”.
Jairo
conta uma atividade em que acontece um conflito entre crianças de 5
anos. As crianças estão no parque, pulando elástico em grupos de
quatro, quando, repentinamente, uma bate no rosto de outra e quase
que no mesmo momento a abraça e pede desculpas e logo volta à
brincadeira com outros amigos, enquanto a que levou o soco continua
chorando. Além de apanhar e estar aparentemente sofrendo e sentindo
dor, a criança é vítima de empurrões de outros colegas que, ao
que parece, não estavam ligados diretamente ao conflito anterior.
Jairo conta que em outra aula com o grupo, a fim de trabalhar o que
ocorreu, levou às crianças por meio de personagens (animais como
zebra, burro...) a reconstrução do fenômeno. Ele nos diz que elas
prestaram muita atenção à história contada e se identificaram e
identificaram seus amigos, finalizando com uma reflexão sobre as
ações expressadas.
Outro
relato que surgiu foi sobre as crianças que necessitam mais atenção
e acabam “passando dos limites” para manifestar isso. Há
necessidade de ser enérgico com essas crianças em certos momentos e
logo proporcionar uma situação para refletir e explicar o “porquê”
do posicionamento. Necessitando também de uma autorreflexão sobre
as atitudes autoritárias, lançar perguntas como: será que isso
traumatiza as crianças? E tentar respondê-las.
Encerramos
as discussões aproximadamente às 12h00 horas. O próximo encontro
seria para avaliação do Grupo Independente, porém como o debate
deste dia (18/06) não se esgotou, iremos continuar no dia 02 de
julho e se tivermos tempo será realizada a avaliação semestral.
Para
tanto, foi decidido na reunião que no próximo encontro os
professores compartilharão situações onde abordem conflitos do dia
a dia nas instituições, para assim continuarmos o debate sobre moralidade
infantil.
Para auxiliar nos estudos sobre moral infantil, indicamos o texto de Vigotski, A brincadeira e o seu papel no desenvolvimento psíquico da criança; disponível no link abaixo:
http://xa.yimg.com/kq/groups/32960205/729519164/Luiza e Melissa.
domingo, 9 de junho de 2013
Relato dia 14 de maio - Formação da Rede Municipal
A Formação da rede Municipal para os professores de Educação
Física que atuam na da Educação Infantil, do dia 14 de maio,
iniciou as 08h40min com o Professor Alexandre Vaz dando uma pequena
introdução ao que seria debatido. Conversou sobre a intervenção
nas aulas práticas e registros das aulas nas unidades e a ideia de
inicialmente trabalhar todos juntos em uma dinâmica, para aí sim
retirar as problemáticas das aulas.
Para tanto, neste encontro, os professores
assistiram ao vídeo da aula da professora Adriana, o material
registrou fragmentos de uma aula com atividades circenses oferecido
por ela, com a ajuda das professoras de sala, dos grupos envolvidos.
Sobre a aula registrada:
Inicialmente caracterizou-se as crianças com
toucas de palhaço, após isso foram fazer atividades no pátio como:
brincar na corda bamba, pular em uma pequena cama elástica,
pendurar-se em cordas para balançar, brincar com o pé
de lata, pular e dar cambalhotas em
colchões e pintar-se de palhaço.
Adriana comenta que em suas atividades foram
utilizados saltos, rolamentos e o equilíbrio; e que as atividades de
circo já faziam parte do contexto de suas aulas, isso facilitou
porque as crianças já continham uma experiência prévia.
Debate – sobre a aula – entre os professores presentes:
Após a apresentação do vídeo, o professor Alexandre abriu espaço
para comentários sobre o registro da aula, o que mostrou que os
outros professores tinham diferentes preocupações: como poderíamos
dar atenção igual para todas as crianças? Como se organizar com o
tempo e material para as aulas? Como ministrar múltiplas atividades
na mesma aula? O professor Alexandre comenta que temos que planejar
uma aula com começo, meio e fim, para então saber que tipo de
materiais são necessários, como utilizá-los ou construí-los. E
que temos que proporcionar atividades que mobilizem o grupo para que
a atividade aconteça, o que mostra necessária a organização do
tempo para cada atividade. No entanto, precisamos também avaliar
possibilidades de propor distintas atividades para diferentes
crianças.
Por meio do vídeo, surgiram outros pontos de discussões em relação
à dificuldade de se trabalhar a questão do tempo na Educação
Infantil, no caso das aulas da rede municipal: 45 minutos/aula ou de
outra forma? Há ou não ensino na Educação Infantil? - O tempo se
subordina ao conteúdo e não o contrário.
Foi comentado também que, sem outro profissional auxiliando, não
aconteceria com êxito a aula. É muito importante os professores
trabalharem juntos; os participantes colocaram suas experiências,
vinculadas com a parceria – ou falta dela – nas práticas de
Educação Física.
É necessário respeitar e entender que as crianças realizam
diferentes atividades ao mesmo tempo, rompendo com a perspectiva
segundo a qual todos devem fazer a mesma coisa ao mesmo tempo. Quando
universalizamos o sujeito, particularizamos o conteúdo: se a criança
não desenvolve nada, o ''problema'' é dela.
Segurança:
Gerenciar os materiais de acordo com a periculosidade. E é
importante a participação dos outros adultos na divisão de tarefas
durante a atividade, mantendo, assim, o desafio, porém com
segurança.
Conhecer o grupo e conhecer a si mesmo! Para saber do que “eles”e
“nós” somos capazes;
Qual o meu papel para dar segurança? Até que ponto interferimos
com a questão da segurança?
Ao final, Adriana diz que ganha muito com o debate, e foram
ressaltados alguns detalhes:
Necessidade de Avaliação: quais crianças conseguiram realizar cada
atividade?
Diferentes experiências, é possível trabalhar com G5 e G2 ao mesmo
tempo?
A mudança de 0, 1 e 2 anos: o desenvolvimento é muito grande;
Preparar-se para fazer as intervenções: vontade de fazer / a
professora(r) deve querer muito!!!
Grupos mistos 3 ou 4 de cada turma, uns irão cantar, outros
escutar...
O professor de Educação Física passa por todos os grupos, assim
acaba tendo o encargo de interagir com todos.
O debate deste encontro trouxe muitos elementos a serem
aprofundados. E mostrou a importância de compartilhar as
experiencias. Além de contribuir para a professora que ministrou a
aula, que recebe as críticas construtivas, proporcionadas pelos
diversos olhares; aqueles que assistem, exercem a visão de
expectador da aula e adquirem novas ideias, contribuindo assim, para
a formação e a área da Educação Física na Educação Infantil.
O encontro encerrou aproximadamente às 11h40min.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Oficina de Capoeira dia 21-05-2013
No dia 21 de maio às 09
horas, começou a Reunião do Grupo Independente com a oficina de capoeira
ministrada pelo Professor Juliano e pela Professora Andréia.
Eles introduziram o
tema, abordando a história da capoeira, comentaram a existência da Capoeira Regional
e da Capoeira de Angola e algumas de suas características. Mostraram também
vídeos ilustrando cada "tipo" de capoeira, em que se observava o
respeito de cada integrante pela sua roda e mestre.
Andréia lê um texto
sobre o Quilombo dos Palmares;
Capoeira no século XVI,
era proibido, então quem a praticava era visto como ''vagabundo'', ''criminoso''.
E após sua liberação, ela era sempre que possível apresentada em festas
culturais;
Juliano fala sobre a
capoeira regional:
Mestre Bimba agregou
golpes de diferentes lutas, reconhecendo-a como arte marcial. Ao reconhecimento
da Capoeira perante a sociedade, Bimba inicia a primeira academia de Capoeira
no Brasil.
Características da
Capoeira Regional:
- Ritmo acelerado;
- Posturas dos
capoeiristas (tronco mais ereto);
- Golpes rápidos e
sequenciados;
- Acrobacias;
- Esportivizada,
''ganhando o mundo'';
Juliano mostra um vídeo de uma roda de Capoeira Regional;
A Capoeira Angola só existiu após a criação da Capoeira
Regional. Foi criada pelo Mestre Vicente Ferreira Pastinha.
Características da Capoeira Angola:
- Ritmo mais lento;
- Movimentos com as
mãos no chão;
- ''Chamadas'';
- Malandragens/mandingas;
- Mais espontânea;
Juliano questiona: o que seria a Capoeira? Luta, jogo ou dança?
Os professores presentes respondem que seria a junção dos três juntos e
que depende do enfoque que as pessoas presentes na roda dão a ela.
Como se apropriar da Capoeira na Escola/Creche/NEIs?
E a Capoeira “espetáculo”? E a Capoeira “cultural”?
Os professores, dizem
ser importante levar a Capoeira para as crianças com a tradição e a história
dela, principalmente para o G5 e G6.
Do G4 para baixo,
trabalhar mais a musicalidade, o ritmo...
Como apresentar para as crianças a Capoeira? A criança deve saber a
história? Todo o contexto?
Temos que ter atenção
para trabalhar elementos da cultura popular de forma não academicista.
Ao terminar a
apresentação teórica e discussão trazida pelos professores Juliano e Andreia, descemos
para a “sala de movimento” do CEC, onde foram apresentados instrumentos utilizados
em uma roda de Capoeira: berimbau, tambores que
substituíram o som do atabaque, pandeiro e agogô. Foi realizada uma roda
em que os professores experimentaram cada instrumento, acompanhados de
diferentes coros como o “Moleque é tu'' (Domínio Público- Capoeira de
Angola). Depois
de aprender alguns rituais da roda de Capoeira, os professores ensinaram os
movimentos da ginga e alguns golpes. Foi um momento de diversão e interação
entre os professores que realizaram a atividade em duplas, som da Capoeira
Angola, enquanto os responsáveis pela oficina observavam e auxiliavam na
execução dos movimentos.
Encerrada a oficina de Capoeira do
dia 21 de maio, a próxima ficou marcada para 04 de junho.
Luiza
e Melissa
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